Setembro de 1978, numa pequena cidade de Goiás, começa a
história de Adilson, um jovem de vinte e dois anos. Filho caçula de seis
irmãos, ele mora com a mãe. Os outros estão todos casados.
Adilson conhece uma moça, três anos mais nova e começam a
namorar. Ele é muito tímido, talvez, devido ao problema de surdez, que adquiriu
depois de uma infecção no ouvido, quando era criança. Não tem amigos e vê nessa moça uma
companheira. Meire é o oposto, fala muito, é estabanada e tem um gênio difícil.
O casamento acontece e o casal vai morar com dona Celeste,
mãe de Adilson. A convivência entre sogra e nora se torna cada vez mais,
insuportável. Adilson compra a primeira casa que encontra e se mudam.
Meire engravida alguns meses depois e nasce o primeiro filho.
Adilson fica feliz com o nascimento do menino, Joel. Todos os dias quando chega
do trabalho, ajuda a cuidar da criança. É um marido bom, um pai amoroso.
O tempo passa e dois anos depois nasce o segundo filho,
Cláudio. Com a família crescendo, Adilson precisa fazer muitas horas extras
para ajudar no orçamento. Muitas vezes, mesmo cansado, tem que ajudar a esposa
com os afazeres da casa.
Quando Meire engravida pela terceira vez, Joel que está com
cinco anos começa a sofrer com uma bronquite asmática e acaba falecendo. A tristeza
cai sobre o casal. Adilson que sempre foi um rapaz calado se fecha ainda mais.
E Meire fica muito abalada, com os nervos em frangalhos.
Para Adilson a vida fica complicada, trabalhar e ainda ter
que ajudar a cuidar da esposa grávida e do filho de três anos. Ele pede a ajuda
da mãe que se mostra solidária, apesar dos pesares. Nasce mais um menino, o Edson. Meire se torna
cada vez mais difícil, porém, Adilson consegue manter o equilíbrio para cuidar
dos dois filhos.
Com dois meninos, um de cinco e outro de dois, Meire quer
tentar uma menina e convence o marido. E assim, engravida pela quarta vez. E
mais uma vez, nasce outro menino, o Paulo.
Nesse meio tempo, Adilson perde a mãe e três irmãos. Ele é
mais chegado com Pedro, seu irmão do meio, que é seu companheiro. Não tem muito
contato com o irmão mais velho.
O convívio com a esposa se torna cada vez pior com o passar
dos anos. Eles acabam se separando. Os filhos adolescentes continuam tendo o
apoio financeiro do pai, além da pensão que ele paga à esposa.
Adilson vai morar sozinho e acaba se envolvendo com uma
mulher bem mais velha. Ele completa o tempo de contribuição na empresa onde
trabalha e se aposenta. Compra, então, uma casa e coloca no nome dessa mulher.
Pouco tempo depois, ela dá um basta no relacionamento e
Adilson volta a morar sozinho. Ele é obrigado a alugar uma pequena casa. Só depois
de alguns anos, consegue comprar uma outra casa. Como não tem muito jeito com
as mulheres, prefere ficar solteiro. Dois relacionamentos ruins são suficientes!
Continua dando assistência aos filhos, mas, não existe
afinidade entre eles. O carinho e a afetividade se perderam ao longo do tempo.
Os filhos se tornam adultos, terminam os estudos, se formam e
se casam. Cada um tem a sua própria família.
Meire arruma um namorado que, infelizmente, não dura muito
tempo. Ela recebe ajuda dos filhos para viver.
Adilson se torna um solitário. Passa algumas horas do dia em
companhia do irmão e depois volta a se isolar no seu canto. Não gosta de fazer
amizades, porque, não tem assunto para conversar. É anti social! Prefere
escrever. Usa as palavras para desabafar, para refletir sobre sua vida, sobre a
família que deixou para trás.
Será que os filhos o compreendem e entenderão, um dia, a sua
atitude?
Será que na sua maneira de ser, Adilson é um homem feliz?
Um ótimo texto sobre uma realidade possível! Parabéns, mais uma vez um texto criativo e sensível! Bjus!
ResponderExcluirObrigada Camila! Um ótimo fds, bjs!
Excluirtbm acho isso uma possível realidade! Adorei o texto.
ResponderExcluirSim, querida! Obrigada, um ótimo fds!
ExcluirBjs
Linda história , a timidez é companheira das pessoas solitarias e muitas vezes se transforma em depressão .parabéns a escritora .
ResponderExcluirVerdade Cleuza! Obrigada, um ótimo fds, bjs!
ExcluirExcelente texto!
ResponderExcluirhttp://oquefoibrendex.blogspot.com.br/
História muito bacana!os textos desse blog são ótimos. Parabéns a dona do blog !!!
ResponderExcluirObrigada, que bom que gostou! Ótima semana!!
ExcluirBjs.
Amei a história! Com uma escrita simples, leve, o texto dá um tapa de realidade sem precisar envolver em emoções muito profundas e narrações complexas e detalhistas. Gostei muito, está de parabéns!
ResponderExcluirCafé, Vodka e Literatura
Muito obrigada! Fico feliz que tenha gostado! Bjs.
ExcluirAdilson sempre foi e é infeliz. Esse conto me deu uma melancolia! Todos têm uma vida mais ou menos...
ResponderExcluirObrigada Vera! Sim, infelizmente! Beijos.
ExcluirAmei a história , bjs!
ResponderExcluirObrigada querida! Bjs.
ExcluirTexto muito realista,mas um pouco triste também,mas acredito que ele possa ser feliz,aliás antes só que mal acompanhado e se estressando...
ResponderExcluirObrigada pela opinião!! Volte sempre, bjs!
ExcluirInfelizmente o Adilson não é feliz. A timidez atrapalha e atrapalhou as conquistas dele. Lindo a história!
ResponderExcluirBjs
Muito obrigada, Raquel! Gostei muito da sua opinião.
ExcluirBeijinhos!
Oi, Cidália, é incrível como você desenvolve um texto tão triste com leveza, parabéns.
ResponderExcluirhttp://www.makeupcominteligencia.com/
Oi, Sandra, que bom que você gosta dos meus textos.
ExcluirObrigada, beijinhos!
Menina q sensibilidade vc tem, fico impressionada com isso. Amei mais um conto maravilhoso.
ResponderExcluirAcho que ele é sim feliz a sua maneira viu pois agora tem paz, por que para algumas pessoas a solidão não é tão ruim assim.
Você me deixa muito feliz com esses elogios, Carla!
ExcluirObrigada por partilhar a sua opinião!
Beijinhos.
Arrasou no texto Ci, história triste que deve acontecer com muitas pessoas né? Beijos
ResponderExcluirPois é, infelizmente, alguns por opção e outros por não ter escolha.
ExcluirObrigada pelo carinho, Dani, beijinhos!
Belo texto, é ruim quando o timidez atrapalha de conseguir os objetivos. Beijos
ResponderExcluirSim, quando a pessoa é muito tímida deixa de fazer muita coisa na vida.
ExcluirObrigada, beijos! ❤
Acredito que ele é feliz sim ao modo dele.
ResponderExcluirCreio que as pessoas não precisam ser sociáveis para ser feliz. Muitas das vezes a felicidade está em se encontrar. E ele se encontrou, mesmo com todas as dificuldades, a maneira dele.
Beijinhos,
Aline Magalhães
Alineland
Tem muitas pessoas que preferem viver sozinhas. Já ouvi muita gente dizer: antes só do que mal acompanhado.
ExcluirBeijinhos ❤
Fiquei com pena do Adilson ): não sei. Fiquei desejando um relacionamento bacana pra ele, rs! Beijos
ResponderExcluirObrigada, Taís! Quem sabe, né?
ExcluirBeijos ❤
Amei o texto e é bem provável de acontecer né ? adorei mesmo beijos
ResponderExcluirObrigada, Mandy! É bem provável sim!
ExcluirBeijos ❤