terça-feira, 30 de agosto de 2016

Prêmio Dardos

PRÊMIO DARDOS - AGOSTO 2016

Estou muito feliz por ser indicada, mais uma vez, ao PRÊMIO DARDOS, em dez meses de blog.
Quando comecei a escrever, não imaginei que iria "conhecer" tanta gente bacana no mundo virtual; meus amigos blogueiros!
Criei este espaço para fazer aquilo que sempre gostei ou seja, dar asas a minha imaginação. Entre meus textos, alguns são baseados em fatos reais. 
Pensei que um dia publicaria um livro e como esse dia não chegou, realizo meu sonho através deste blog. Já conquistei alguns leitores e tenho o compromisso de fazer o melhor que puder para agradá-los.
Por enquanto meu blog é simples; preciso personalizá-lo, criar um layout mais bonito. Aguardem!

Saiba um pouco sobre a história da premiação:  "O Prêmio Dardo é um selo virtual criado em 2008 pelo escritor Alberto Zambade, do blog Leyendas de "El Pequeño Dardo" El Sentido de las Palabras, para premiar os esforços dos blogueiros em seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários e pessoais, e que, em resumo, demonstram sua criatividade através de seu pensamento vivo, e de seu conteúdo original. Ele selecionou e concedeu o prêmio a quinze blogs, que deveriam indicar outros quinze para o prêmio, e assim sucessivamente".
Agradeço, de coração, o Evandro do blog Atraente Mente, pela indicação. Fiquei lisonjeada pelo reconhecimento e carinho. Sou fã do trabalho desenvolvido por ele em seu blog. Através de suas resenhas e entrevistas, venho conhecendo novos autores brasileiros.

Para mim é difícil escolher entre tantos blogs que acompanho e admiro, mas não tenho outra alternativa. Preciso seguir essas regrinhas:
 
1. Indicar blogs que preencham os requisitos acima (na descrição do selo) para receber o prêmio; 
2. Exibir a imagem do selo; 
3. Mencionar o blog que te indicou e inserir o link dele; 
4. Avisar os blogs escolhidos. 

Vamos lá?

  1- Confidências de mãe
  2- Alineland
  3- Stylist Online
  4- Raquel Amanda
  5- Mundinho de mulher
  6- O mundo da Lilica
  7-Tudo para as gurias
  8- Lucimar estrela da manhã
  9- Espaço Kabelly
 10-Meu Universo
 11-Positividade Fashion
 12-Entre Vitrines
 13-Blog da Alana Zoz
 14-Brasil Bão
 15-Atelier Arte Única

Meus agradecimentos ao Evandro, do blog Atraente Mente e a todos os blogs citados aqui. Admiro o trabalho e a dedicação de todos vocês. 
Meu carinho a todos os familiares, amigos e demais blogueiros (as) que conheci ao longo desses meses.
O apoio de vocês é muito importante para mim!

 Cidália


Louca paixão

Muitas pessoas não acreditam no amor verdadeiro. Devem ter sofrido alguma desilusão ou simplesmente não o encontraram. Com Arienne aconteceu sem que ela esperasse. Considerava-se muito jovem para assumir um compromisso. Tivera alguns namorados, mas, nenhuma paixão ardente. Queria apenas estudar e ter uma profissão para ser uma moça independente.
Saiu de casa com dezesseis anos para estudar fora, em outro estado. Mesmo recebendo ajuda dos pais, logo, arrumou um emprego de meio período como auxiliar, num escritório de contabilidade. Era muito esforçada, dedicada e conseguia conciliar o estudo com o trabalho.
Terminou o curso de administração e quis fazer inglês. Passou a trabalhar o dia todo e estudar a noite. Arienne fazia a mesma coisa que muitos jovens da idade dela. O que a diferenciava de muitos era que nada a satisfazia. Sempre queria algo mais. A sua determinação, às vezes assustava seus pais e afugentava seus namorados.
Resolveu fazer intercâmbio no exterior com algumas amigas e conseguiu juntar dinheiro para realizar seu sonho. Chegando ao Canadá ficou na casa de uma família muito simpática. O casal tinha um filho solteiro, um rapaz muito interessante. Arienne foi para estudar durante seis meses, ia fazer o curso numa escola excelente.
Alguns olhares começaram a ser trocados entre os dois, ela e o filho do casal, o Jad. Dois meses depois estavam completamente apaixonados. Formavam um bonito casal e uma paixão avassaladora os unia. Arienne começou a se preocupar com o tempo que estava passando muito rápido. Como seria quando tivesse que voltar para o Brasil?
Seu coração pedia para ficar e a razão dizia que teria que voltar para sua terra natal. No quarto mês em que estava lá e dois de namoro tomou a decisão. Escreveu uma carta aos pais e conseguiu convencê-los. Jad a pediu em casamento através da webcam. No início os pais dela mostraram-se contra aquela decisão repentina, mas acabaram cedendo a sua vontade.
Jad e Arienne casaram-se numa cerimônia simples e linda com poucos convidados. Os pais, alguns parentes e amigos mais chegados de Jad foram testemunhas daquela união. A família da noiva participou do casamento pelo Skype. Os noivos pareciam flutuar de tanta felicidade. Jad não se cansava de elogiar sua noiva. Ele era muito romântico.
Os pais da noiva, no fundo, sentiram por não estar presente no casamento da única filha. Ainda mais em saber que ela fora para estudar, por seis meses, e agora não voltaria mais para casa. Quando eles a veriam novamente? A distância que os separava era muito grande, eles conheceriam os futuros netos através da internet. O casal nunca tinha viajado de avião e agora que a filha escolhera morar tão longe teria que pensar na possibilidade.
Arienne, que buscava sempre mais, porque nada a satisfazia, conseguiu preencher a sua vida. Tanto profissionalmente, como no amor que encontrou num lugar onde jamais imaginaria. Ela se tornou uma mulher realizada.

domingo, 21 de agosto de 2016

A casa ao lado II



Na noite seguinte, talvez por vingança, a festa na casa ao lado, começou mais cedo e depois da meia noite o barulho se intensificou. Dessa vez não se ouviu barulho de crianças e nem os parabéns a você.
Eram gritos insanos, música eletrônica e batidas nas paredes. E as crianças onde estavam? Dona Lúcia pensou naquelas crianças. Estariam dormindo? Só se tivessem dopadas! Ela e seu esposo não pensaram muito, dessa vez, ligaram para a polícia e relataram o que estava acontecendo.
Nisso, ouviram um estrondo, parecia barulho de tiro. Dona Lúcia e o marido ficaram paralisados. E lembraram que a polícia estava para chegar e com certeza descobririam o que havia acontecido.
Assim como dona Lúcia, os outros vizinhos também ficaram emudecidos. Será que alguém fora ferido naquela casa maluca?
O silêncio tomou conta do bairro, ninguém se atreveu a sequer olhar pela janela. Se tinha alguém armado naquela casa barulhenta, o que seria capaz de fazer com qualquer pessoa?
Mil pensamentos passaram pela cabeça da dona Lúcia e de seu marido. O tiro poderia ter saído sem querer ou a pessoa quis cometer um crime?
Quando o tiro soou, a sala estava na penumbra. As crianças dormiam no sótão com a porta fechada. O casal anfitrião distribuía droga e bebidas em troca de dinheiro. Alguns jovens dançavam alucinados e outros se agarravam pelos cantos.
De repente, um dos convidados estava caído no chão da sala. As outras pessoas espantadas, olhavam uns para os outros, procurando ver em qual mão a arma se encontrava.
Pouco tempo depois, a campainha tocou e a polícia invadiu a casa, assim que a porta foi aberta. Todos continuaram na mesma posição, como se fossem estátuas. Os policiais verificaram que o corpo do jovem estirado no tapete, já não respirava mais.
No mesmo instante em que a polícia chegou, dona Lúcia viu, através da vidraça, um vulto que se esgueirou pelos fundos do sobrado e desapareceu entre a neblina da madrugada. Parecia alguém que ela conhecia bem, um de seus vizinhos que morava em frente a sua casa.
- Querido, você viu aquele vulto? Parece o seu Joaquim. Por que será que ele saiu se esgueirando de trás daquela casa? Ele era um dos convidados? Ele saiu pela porta dos fundos, enquanto a polícia tocava a campainha na porta da frente.
- Querida, esqueça o que você viu. É melhor não nos envolvermos nessa história. Vamos para o quarto.
Lá no sobrado, os policiais começaram a interrogar as pessoas. Os donos da casa estavam atônitos. Os convidados não sabiam explicar o que tinha acontecido. Estavam “entretidos” e só se deram conta do ocorrido quando ouviram o tiro.
Várias hipóteses foram levantadas pelos convidados:
- Pode ter entrado um ladrão na casa e pensando que foi descoberto, atirou e fugiu.
- Nenhum de nós estava armado e nem tínhamos motivo para matar alguém – disse o dono da casa. Não temos armas.
- É possível que um de nós tenha um inimigo e ele veio se vingar? Mas, nesse caso, ele atirou na pessoa certa ou atirou a esmo? Como enxergou se a sala estava com pouca luz? – questionou a dona da casa.
Todos foram revistados e ao encontrar drogas a polícia levou o casal para a delegacia. Os demais foram convidados a prestar depoimento no dia seguinte. Uma assistente social foi chamada para cuidar das crianças. Uma ambulância foi chamada para levar o corpo.
A investigação continuaria até o culpado pelo crime ser identificado. Como ninguém viu de onde partiu o tiro? Estariam eles tão chapados e distraídos que nem perceberam o que estava acontecendo a sua volta?
Dona Lúcia foi dormir preocupada com a cena que vira pela janela. A imagem de seu Joaquim fugindo não saía da sua cabeça. Qual o motivo que o levou a fazer aquilo? E ela, conseguiria levar a vida adiante guardando aquele segredo? Mas, se denunciasse o vizinho, teria como provar o que vira?
No dia seguinte, os moradores amanheceram agitados, conversando sobre o assunto. Na casa ao lado, o silêncio era perturbador. Dona Lúcia viu seu Joaquim varrendo a calçada, como se nada tivesse acontecido. Ela achou o comportamento dele muito estranho.
Enquanto os demais conversavam em frente ao portão de suas casas, seu Joaquim parecia alheio a tudo. Será que ela tivera um pesadelo? O vulto que ela vira de madrugada, se esquivando pelos fundos da casa, era dele, ela tinha certeza.
O jeito era esperar os acontecimentos se desenrolarem. Quem sabe, seu Joaquim, deixara algum rastro? Pensando assim, dona Lúcia resolveu seguir o conselho do marido. Era melhor esperar o desenrolar dos fatos.
Afinal, ela não tinha prova nenhuma para acusar ninguém! Só tinha a certeza que dali em diante ficaria atenta aos movimentos do seu Joaquim.


Depois desse episódio no seu bairro. a vida de dona Lúcia seguirá seu curso normal?
Ou será que ela dará uma de detetive e começará a investigar a vida do seu Joaquim?

Deixe sua opinião e leia também, A CASA AO LADO, que foi publicado anteriormente.

 http://contosdacabana.blogspot.com.br/2016/07/a-casa-ao-lado.html

Obrigada pela visita! Volte sempre, ficarei feliz em responder seu comentário.
Beijos,
Cidália.

domingo, 14 de agosto de 2016

Homem com H

Ele foi um homem criado na roça, trabalhou no cabo da enxada. Ajudou a desbravar a mata onde foi construída uma mina. Foi ajudante de serviços gerais, motorista e taxista.
Aprendeu a ler sozinho, de tão grande que era a sua força de vontade. Era um homem rude, simples e trabalhador. 
 Incentivou a filha caçula à leitura, inventava com ela histórias, antes de dormir. Ajudou a criar os netos.
Teve alguns vícios, o cigarro e a bebida. Teve a fase de mulherengo. Teve um filho fora do casamento.
Sofreu um acidente que o deixou paralítico e não pôde mais dirigir. Sua vida deu uma guinada! Abandonou os vícios, dedicou-se ao trabalho como comerciante e à família.
Perdeu um filho, de vinte e três anos, num acidente e passou por um longo período de tristeza. Teve seus altos e baixos na vida; errou, porém, se arrependeu.
Gostava de música sertaneja, de raiz. Não perdia os espetáculos das duplas, quando se apresentavam em circos que apareciam na pequena cidade. Levava a filha caçula a tiracolo.
Foi da época que bastava um olhar atravessado para impor o respeito dos filhos. 
Seus netos tornaram-se bons pais, carinhosos e responsáveis.
Nessa data especial, o dia dos pais (sabemos que todo dia é dia deles), pensei nesta pequena homenagem ao meu querido e amado pai, Brasílio. 
Ele esteve presente nos momentos importantes da minha vida e na vida da minha irmã, ajudando no que podia. Até o dia em que deitou para dormir e não acordou na manhã seguinte.
Quero homenagear, também, todos os grandes homens que fazem por merecer, o título de PAI. Àqueles que assumem a responsabilidade, junto à esposa, para criar e educar os filhos.
E àqueles que por força do destino tiveram que assumir, além do seu papel, o papel de mãe. E, claro, às mães que sozinhas, fazem os dois papéis!

Naquela Mesa                 

Nelson Gonçalves

Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho


Sinta-se a vontade para deixar uma pequena homenagem ao seu pai. 






Acompanhe o blog, a cada domingo com uma nova história.
Ficarei muito feliz com a sua visita!
Obrigada,
Cidália.

domingo, 7 de agosto de 2016

A vida no campo


Desde que resolvi mudar de vida minha rotina é outra. Meu marido levanta às cinco da manhã, faz o café e sai para o trabalho. Ele sempre tem muita coisa para fazer. Tem alguns pés de banana para cuidar, plantação de feijão e milho. Os cachorros o acompanham. Ele leva a marmita que deixo pronta na geladeira.
Fico até às oito na cama, nos dias frios. No verão levanto mais cedo. Alguns dias acompanho meu marido. Noutros, cuido da casa, da horta e das aves. Gosto de plantar e colher a verdura fresquinha.
Nossa casa é bem simples como aquela que é citada na música, “uma casinha branca, de varanda, um quintal e uma janela, para ver o sol nascer”. Tenho um lugar de mato verde para plantar e colher. Tenho tudo de que preciso. A casa está bem equipada, com geladeira, fogão de cinco bocas e TV por assinatura.
Não tenho celular, porque não tem sinal; mas o telefone funciona bem. Só utilizo-o quando é necessário.
Meu dia é bem atarefado, me mantenho ocupada até o entardecer. Meu marido chega e depois do banho, jantamos; deixo a louça para ser lavada no dia seguinte. Vamos deitar e assistir TV até o sono chegar.
Lá fora, os sons que ouço são emitidos pelos grilos e sapos. Até os cachorros se recolhem cedo.
E o sono não demora, depois de um dia de muito trabalho. Não penso em nada a não ser na vida tranquila que tenho, graças a Deus.
Não sinto saudades da vida agitada de outrora. Só vamos à cidade para comprar mantimentos, aquilo que não plantamos.
Muitas pessoas, provavelmente, podem achar que viver no mato é monótono, entediante. Para mim, não tem coisa melhor. O ar que respiro é puro e meus pulmões agradecem.
Meu lazer é pescar na lagoa construída no terreno atrás da casa. Meu prazer é receber a visita das pessoas que amo e fazer para o café um bolo de arroz ou cueca virada.
No verão posso tomar banho no rio e descansar sob a sombra de alguma árvore! Tem vida melhor?
Aqui não preciso pensar na questão da água, ela vem direto da bica, bem fresquinha.
Sei que as pessoas que estão acostumadas a viver na correria do dia a dia, talvez, nem tenham tempo para pensar em outra coisa a não ser dormir para voltar à rotina no dia seguinte.

E você, como é a sua rotina?
Prefere o campo ou a praia para descansar?
Se tivesse que fazer uma escolha, qual seria?
Deixe a sua resposta e leia também os outros contos.

OBRIGADA PELA VISITA!
Cidália.