domingo, 25 de setembro de 2016

A casa ao lado lV (Uma nova suspeita)


Sem dizer uma palavra, seu Joaquim acompanhou o policial até a sua cidade. Manteve a calma, porém sabia porque fora detido. Assim que encontrou aquela arma na sua geladeira, imaginou que alguém estava querendo incriminá-lo pelo assassinato daquele jovem.

Apesar da sua aparente tranquilidade durante aquele tempo, ele perdera noites de sono pensando naquela noite fatídica.

Será que quando ele contasse a sua versão a policia acreditaria nele? No fundo ele era apenas um curioso que entrara naquela casa para ver o que acontecia lá dentro. Durante muito tempo ele esperou ser um dos convidados.

Para seu azar bem na hora que chegou, o tiro foi disparado. Ele deu meia volta e saiu pelo mesmo lugar por onde entrara. Não viu nada. Porém, depois que achou a arma no seu congelador, teve a certeza de que foi visto pelo assassino.

Por isso resolveu abandonar sua casa. Ficou tão apavorado que nem pensou em se livrar da arma. O pior que quando abriu o pacote suas digitais ficaram lá. Era a sua palavra contras as evidências.

Seu Joaquim com toda sua humildade deu seu depoimento.
- Naquela noite entrei lá para ver o que estava acontecendo lá. A porta da cozinha estava encostada, entrei e estava subindo a escada seguindo o barulho que vinha de cima, quando ouvi um estrondo. Não esperava ouvir um tiro bem naquela hora, dei meia volta e fui embora. Ontem, quando abri a geladeira encontrei um pacote e descobri dentro dele um revólver. Fiquei desesperado e resolvi fugir. Se a arma fosse minha não deixaria a vista.

Enquanto seu Joaquim ficou detido para averiguação, o casal que havia sido preso por tráfico de drogas, continuava preso e os filhos foram para a casa dos avós. Os demais envolvidos continuavam sendo investigados.

A versão do seu Joaquim fazia sentido, se ele fosse o culpado porque ficaria com a arma? Ele deveria ter se desfeito dela. Parecia que alguém estava querendo incriminá-lo. E ele foi tão ingênuo que nem teve a ideia de sumir com a arma antes de fugir de casa.

Quando d. Lúcia soube do ocorrido, ela tinha um conhecido que trabalhava na delegacia, ficou em pânico. Se seu Joaquim tivesse falado a verdade, o assassino continuava impune. Seria um dos convidados?

A única impressão que encontraram na arma foi do seu Joaquim. Se o assassino era outra pessoa, era alguém muito esperto. Devia ter usado luvas.

A polícia descobriu que a arma pertencia ao seu Antônio, comerciante d bairro, marido da d. Gertrudes, a primeira moradora que fizera uma denúncia anônima do barulho que não deixava ninguém dormir. A arma havia sido roubada um mês antes daquele crime, conforme constava no B.O.

Na época do roubo da arma seu Joaquim estivera internado com uma forte pneumonia. Se bem que seu Antônio não pode afirmar com exatidão o dia do roubo. Só descobriu que o revólver não estava no lugar onde guardava, no dia que foi guardar um outro objeto.

Dona Lúcia sabendo das últimas notícias voltou a prestar atenção nos moradores mais próximos. Será que ela se precipitou quando acusou seu Joaquim? Ele parecia ser um bom homem, apesar do jeito esquisito. Era um homem de poucas palavras.

Quem teria disparado aquele tiro? E o jovem assassinado, quem era, afinal? A polícia passou a investigar o tal jovem, Roberto, e descobriu que ele teve um caso com a filha da d. Gertrudes. Eloísa, filha única do casal estava internada numa clínica de reabilitação. Uma moça estudiosa, inteligente e bonita. Depois que se envolveu com Roberto, passou a ser usuária de droga e abandonou a faculdade.

Chegava em casa de madrugada, toda desleixada e tratava mal os pais. Dormia durante o dia e a noite saía sem dizer aonde ia. Muitas vezes nem voltava para casa. Os pais saiam a sua procura e a encontravam dormindo na praça com alguns amigos.

Os pais só ficaram sabendo do envolvimento dela com o Roberto no dia que a internaram. Ela pediu para a mãe entregar uma carta a ele. Contou que saia sempre com ele, que conhecera-o na saída da faculdade. Queria que o Roberto soubesse que ela ficaria um tempo afastada e quando voltasse iria procurá-lo.
- Eloísa, minha filha, você ainda quer que eu vá procurar esse delinquente? Pelo jeito foi ele que desgraçou a sua vida.
- Por favor, mãe, o endereço está aí no envelope, é só você entregar a carta. Não precisa falar com ele.
- Você não é mais a mesma moça, parece um zumbi. Onde estão suas amigas? Agora só anda com aquela gente esquisita. Eu e seu pai nem sabíamos que você estava namorando esse rapaz.

Daquele dia em diante d. Gertrudes e seu Antônio, viviam cabisbaixos, desiludidos da vida. A filha amada que tinha um futuro brilhante se tornara uma desconhecida. Se apaixonara por alguém que a destruíra.
O ódio foi se infiltrando no coração daquela mãe. O pai não demonstrava seus sentimentos, passava o dia trabalhando na mercearia e a noite mal falava com a esposa.

O que uma mãe desesperada é capaz de fazer? Será que d. Gertrudes matou aquele jovem por vingança e escondeu arma na casa do seu Joaquim?
Como ela sabia que Roberto estava naquela festa? E como ela entrou naquela casa sem ser vista?


Dúvidas e mais dúvidas! Quantas perguntas sem respostas! A polícia desvendará esse mistério?
Não deixe de acompanhar a história, agora também, no Wattpad. Lá ela está na sequência.
Capítulo 1 - (Festas todas as noites);
Capítulo 2 - (Um tiro na madrugada);
Capítulo 3 - (A arma encontrada);
Capítulo 4 - (Uma nova suspeita).

" A casa ao lado  no #Wattpad http://my.w.tt/UiNb/UEZWvDTWXw


Obrigada pela visita! Uma ótima e abençoada semana a você e sua família!

Beijos,

Cidália 








domingo, 18 de setembro de 2016

Em busca da felicidade

Selma teve uma infância sofrida. Ficou órfã de pai aos quatro anos de idade. Era a irmã do meio. Sua mãe, muito nova, viúva, com três filhos pequenos contou com a ajuda dos pais.
Uma menina branquinha de cabelos encaracolados. Se dava bem com a irmã mais velha.  Eram unidas. Juntas passaram por momentos difíceis enquanto o pai era vivo e depois que o perderam, a vida se tornou mais ingrata.
Como toda criança da sua idade, Selma aproveitou a infância, no tempo livre, quando não precisava entregar a roupa que a mãe lavava para fora. Desde pequena sempre foi trabalhadeira. Ajudava a cuidar do irmão mais novo e conforme foi crescendo, ajudava nas tarefas do dia a dia.
Aos dezesseis anos de idade foi morar com uma tia na capital. Não terminou os estudos. A tia a empregou na casa de uma bailarina. Selma, começou, então a cuidar da casa e aprendeu com a patroa muitas coisas.
Dois anos depois voltou para sua cidade e começou a trabalhar no restaurante de uma empresa. Aos vinte anos estava casada e já era mãe de uma linda menina. Por incompatibilidade, o casamento não durou muito. Selma ficou sozinha com uma filha para cuidar. Ela recorreu à sua mãe, porque não quis depender de pensão do ex marido, para criar a filha.
Tudo parecia mais difícil para ela do que para suas amigas. Porém, Selma não se abalava.; espelhava-se na mãe. Tornou-se uma exímia cozinheira, uma mulher prendada, que fazia tudo com amor. Teve alguns namorados, afinal, tinha o direito de se divertir.
Alguns anos depois voltou a se casar e teve mais duas filhas. Ela sempre trabalhou e junto com o marido, começou a construir uma casa. O marido era muito trabalhador, só que tinha lá seus defeitos. A convivência entre os dois foi se tornando, cada vez mais, intolerante. A filha mais velha foi morar com a avó; seu relacionamento com o padrasto não era bom.
Numa certa noite, num acidente estúpido, o marido perdeu a vida. Selma não se deixou abater, começou a costurar para fora. Uma nova profissão depois de fazer o curso de costureira. Como tudo que ela fazia, as roupas feitas por ela, eram bem feitas.  Pegou gosto pela costura, assim como gostava de cozinhar e de fazer faxinas.
Começou um relacionamento com um homem de fora que viera trabalhar na cidade. Só depois que ele perdeu o emprego e foi embora, ela ficou sabendo que ele era casado. Um mentiroso.
Começou a conversar em salas de bate papo e chegou a conhecer alguns homens. Estava a procura de um novo amor. Com a filha mais velha, casada e as outras duas moças feitas, Selma sentia a necessidade de um companheiro.
Sabia que tinha o direito de ser feliz. Será que a vida ainda lhe reservaria este prazer? Ela tinha que tentar. Não era possível que todos os homens fossem mentirosos. E com essa esperança, continuou buscando o príncipe encantado.
Algumas tentativas frustradas e Selma conheceu Rogério. Um homem de meia idade, charmoso, bonitão. Resolveram morar junto para ver se daria certo. Ele era separado e tinha dois filhos.
No começo tudo ia bem, sentiam-se atraídos um pelo outro. Passado algum tempo, o comportamento do Rogério foi mudando. Selma começou a refletir: "Insistir naquilo que já não existe, é como calçar um sapato que não te cabe mais nos pés! Machuca, causa bolhas, chega a carne viva e sangra. Então melhor é ficar descalça. Deixar livre o coração, enquanto vive… Deixar livre os pés, enquanto cresce… Porque quando a gente cresce o número muda."
Ah, como era difícil tomar uma decisão! Ao mesmo tempo que pensava em desistir, temia se arrepender mais tarde. No fundo ela o amava, só precisava ter certeza do amor que ele sentia por ela. Voltar a viver sozinha já não a atraía. Sabia que não podia viver com as filhas, cada uma tinha a sua vida. Teria que ter uma conversa franca com Rogério para tomar uma atitude.

Será que eles merecem  uma nova chance? O amor que sentem um pelo outro é suficiente para mantê-los unidos?
Selma continuará na busca incessante pela felicidade ou descobrirá que a felicidade não depende de ninguém, que está dentro de si? 

Sua visita me deixa muito feliz, obrigada!
                           Não deixe de acompanhar um novo conto a cada domingo!
                      Em breve mais um capítulo do conto  "A casa ao lado." 
Beijos,
    Cidália      


domingo, 11 de setembro de 2016

A casa ao lado lll


No dia seguinte, os moradores amanheceram agitados, conversando sobre o assunto. Na casa ao lado, o silêncio era perturbador. Dona Lúcia viu seu Joaquim varrendo a calçada, como se nada tivesse acontecido. Ela achou o comportamento dele muito estranho.
Enquanto os demais conversavam em frente ao portão de suas casas, seu Joaquim parecia alheio a tudo. Será que ela tivera um pesadelo? O vulto que vira de madrugada, se esquivando pelos fundos da casa, era dele, ela tinha certeza.
O jeito era esperar os acontecimentos se desenrolarem. Quem sabe, seu Joaquim, deixara algum rastro? Pensando assim, dona Lúcia resolveu seguir o conselho do marido. Era melhor esperar o desenrolar dos fatos.
Afinal, ela não tinha prova nenhuma para acusar alguém! Só tinha a certeza que dali em diante ficaria atenta aos movimentos do seu Joaquim.
A partir daquele dia, dona Lúcia passou a vigiar o vizinho da frente. O medo se alastrou entre os habitantes.  A desconfiança, a insegurança e o temor eram visíveis em cada morador.
Ali naquele bairro ocorrera um crime. O assassino não fora identificado. A arma desaparecera. Enquanto todos estavam agoniados, seu Joaquim continuava na dele.
Numa certa manhã, dona Lúcia viu seu Joaquim saindo de casa com uma bolsa de viagem. Esperou algumas horas para ver se ele não voltava e foi bisbilhotar a sua casa. Vendo que a rua estava deserta, entrou pelos fundos e vasculhou o quintal.
Não encontrou nada que chamasse sua atenção. Resolveu, então, forçar a porta dos fundos. A porta era velha e abriu com facilidade. Dona Lúcia entrou e com todo o cuidado começou a olhar as gavetas dos armários, do guarda roupa e debaixo do colchão.
A casa era pequena, seu Joaquim era um senhor de sessenta anos, viúvo e morava sozinho. Depois de fuçar em todos os lugares possíveis, dona Lúcia teve a ideia de olhar dentro da geladeira. E lá dentro, bem enrolado num pacote, estava um revólver.
Dona Lúcia, antes de mexer no pacote, ensacara as mãos com sacolas plásticas que encontrara na cozinha. Com muito cuidado ela enrolou novamente a arma e deixou no mesmo lugar.
Saiu de fininho tomando cuidado para não ser vista por ninguém e assim que chegou em casa contou ao marido o que tinha feito. Já havia passado uma semana do ocorrido e a preocupação era ela se explicar com a polícia.
Uma hora de conversa com o marido, foi suficiente para dona Lúcia tomar a decisão de ligar para a delegacia. A justificativa seria que ela não poderia ter acusado o vizinho sem provas. E agora que encontrara a arma, resolvera fazer a denúncia.
Claro que teria que dar muitas explicações, pois entrara na casa do vizinho sem ser convidada. Agiu por impulso, sabia que estava errada; teria que assumir seu erro. E se desse um telefonema anônimo do orelhão?
Poderia dizer que viu seu Joaquim fugindo e levantaria a suspeita sobre ele. Será que a polícia acreditaria a ponto de ir atrás dele? 
Tudo conspirava contra seu Joaquim, a arma na geladeira e a viagem repentina. Ele não contara para ninguém que pretendia viajar.
Algum tempo depois e muitos questionamentos, d. Lúcia saiu e fez a ligação de um orelhão. Pensou que naquele momento era a melhor opção. Arriscou para ver no que daria. Não comentou nada sobre a arma, disse apenas que vira o vizinho saindo de casa carregando uma mala, numa atitude suspeita.
Como a investigação não apresentara nenhum resultado ainda, a polícia resolveu acreditar na denúncia anônima. E lá foi o investigador daquele caso atrás do seu Joaquim.  Fazia umas quatro horas desde que ele saíra de casa.
No final da noite o investigador o encontrou. Pela descrição que deu na rodoviária foi fácil encontrá-lo. Ele tinha ido para a casa de um parente e quando desceu do ônibus, um policial o aguardava.
Sem dizer uma palavra, seu Joaquim acompanhou o policial até a sua cidade. Manteve a calma, porém sabia porque fora detido. Assim que encontrou aquela arma na sua geladeira, imaginou que alguém estava querendo incriminá-lo pelo assassinato daquele jovem.
Apesar da sua aparente tranquilidade durante aquele tempo, ele perdera noites de sono pensando naquela noite fatídica.
Será que quando ele contasse a sua versão a policia acreditaria nele? No fundo ele era apenas um curioso que entrara naquela casa para ver o que acontecia lá dentro. Durante muito tempo ele esperou ser um dos convidados.
Para seu azar bem na hora que chegou, o tiro foi disparado. Ele deu meia volta e saiu pelo mesmo lugar por onde entrara. Não viu nada. Porém, depois que achou a arma no seu congelador, teve a certeza de que foi visto pelo assassino.
Por isso resolveu abandonar sua casa. Ficou tão apavorado que nem pensou em se livrar da arma. O pior que quando abriu o pacote suas digitais ficaram lá. Era a sua palavra contras as evidências.


Pobre homem, o que seria dele? Pagaria por um crime que não cometeu? 

Se você ainda não leu os dois primeiros capítulos, acesse:

http://contosdacabana.blogspot.com.br/2016/07/a-casa-ao-lado.html
http://contosdacabana.blogspot.com.br/2016/07/a-casa-ao-lado.html

 Não deixe de dar a sua opinião.
Obrigada pela visita,
Beijos,
Cidália.

domingo, 4 de setembro de 2016

Nunca é tarde para o amor!


Amigas desde o ensino básico, Lena e Gina eram inseparáveis. Uma vivia na casa da outra. Faziam os trabalhos escolares juntas e eram cúmplices em tudo.
Lena era uma menina meiga, carinhosa, de cabelos lisos e claros.  Aos quinze anos parecia que tinha dezoito. Era bem-feita de corpo.
Gina era o oposto, de compleição miúda, cabelos escuros e cacheados, agitada e um tanto rabugenta, às vezes. Aparentava ter doze anos.
A amizade das duas causava inveja nas outras colegas da escola. Lena era filha única e Gina tinha um irmão mais novo.
Uma completava a outra. Se davam tão bem que muitas pessoas pensavam que eram irmãs. Até o dia em que Lena conheceu Lucas.
Lucas, aluno novo, foi estudar na mesma classe das duas. Assim que viu Lena, sentiu por ela uma grande atração.
As duas amigas, também, sentiram que algo dentro delas mudou, quando ele entrou na sala de aula. Foi a primeira vez que guardaram para si um segredo.
A partir daquele dia, Gina começou a observar a troca de olhares entre Lena e Lucas. Ela achou melhor se afastar um pouco da amiga, dar espaço para o Lucas. Só que sem esperar, percebeu que seu coração disparava cada vez que o via.
Em pouco tempo, Lucas e Lena estavam namorando. Gina sentia ciúme daquele amor que viu nascer entre sua melhor amiga e aquele rapaz.
Logo no início do namoro, Lena a convidou, algumas vezes, para sair com eles. Porém, ela não gostava de segurar vela para os dois e começou a recusar os convites.
Lena, em nenhum momento desconfiou, que sua amiga estava apaixonada por seu namorado. Achou que Gina queria deixá-la sozinha com ele, que não quisesse se intrometer entre os dois.
Elas passaram a se falar com menos frequência. E com o tempo, foram se distanciando mais e mais. Cada uma seguiu seu rumo após terminarem o ensino médio.
O casamento da Lena e do Lucas aconteceu em seguida, pois ela engravidou e a família exigiu que se casassem. Os pais dela dariam uma força aos dois até que Lucas arrumasse um emprego.
Gina arrumou um namorado, noivou e casou, um ano depois da amiga.  Não estava apaixonada, mas, não quis ficar para trás.
Depois de casadas, as duas amigas perderam o contato. Gina e o marido se mudaram para outra cidade. Cada uma tinha a sua vida para cuidar, os filhos e seus compromissos de trabalho.
Assim o tempo foi passando e vinte anos depois, Gina, separada do marido, reencontrou o marido da ex amiga, num evento religioso.
Esse evento reunia membros de várias localidades. Ela notou que Lucas estava sozinho e se aproximou dele. Para sua alegria, ficou sabendo que ele estava solteiro. Resolveu, então, aceitar seu convite para um jantar naquele mesmo dia.
A conversa fluiu até de madrugada e Gina ficou sabendo que o casamento dele chegara ao fim, após dezoito anos. Lena se apaixonara por outra pessoa.
Ela, que sempre fora apaixonada por ele, viu uma chance de reaproximação. Contou detalhes sobre a sua vida, também. Contou que se casara sem amor e que o marido cansou de ser o único a querer levar o casamento adiante. Criou coragem e confessou seu amor por ele.
Lucas, viu em Gina uma nova esperança para ser feliz. Há dois anos que estava sozinho. Ficou surpreso em saber da paixão que ela sentia por ele desde a época da escola. Os dois estavam chegando aos quarenta anos e ainda tinham muito tempo pela frente.
Começaram a se encontrar frequentemente. Gina que nunca deixara de amá-lo, se tornou uma mulher completamente feliz.
Lucas, que não fora correspondido em seu amor pela ex esposa, passou a amar aquela que no passado, fora apenas sua colega de classe.
E assim, Gina e Lucas se uniram, ambos com os filhos crescidos,  para viver uma nova história de amor. Uma nova página, no livro da vida, seria escrita pelos dois. Ambos tinham muitos planos para o futuro e pretendiam colocá-los em prática.

A chama do amor pode ficar adormecida e reacender muito tempo depois?

Sua visita me deixa muito feliz e agradecida, volte sempre!

Beijos,

Cidália.