Inspirado num caso real, Vulgo Grace conta a trajetória de Grace Marks, uma criada condenada à prisão perpétua por ter ajudado a assassinar o patrão e a governanta da casa onde trabalhava, na Toronto do século XIX. Com uma narrativa repleta de sutilezas que revelam um pouco da personalidade e do passado da personagem, estimulando o leitor a formar sua própria opinião sobre ela, Atwood guarda as respostas definitivas para o fim. Afinal, o que teria levado Grace Marks a cometer o crime? Ou será que ela estaria sendo vitima de uma injustiça?
Em 1843, Grace Marks, uma empregada doméstica de 16 anos, foi julgada no Canadá pelo assassinato de Thomas Kinnear, seu patrão, e Nancy Montgomery, governanta da casa e amante de Thomas. O julgamento sensacionalista chegou às manchetes de todo o mundo, e o júri a declarou culpada. A opinião pública, no entanto, permaneceu ferozmente dividida em relação a Grace: ela era uma mulher desprezada que descontou sua ira em duas vítimas inocentes, ou era também uma vítima, envolvida involuntariamente em um crime?
Alegando não ter nenhuma memória do que aconteceu, Grace passou seus anos seguintes em uma variedade de prisões e asilos, onde era exposta como uma atração bizarra. Apesar da pouca escolaridade, seus relatos redigidos pelo próprio punho e seu comportamento nas instituições que a abrigaram impressionaram personalidades respeitáveis, como clérigos, médicos e políticos, que trabalharam incansavelmente a seu favor, elaborando petições para sua libertação, procurando opinião clínica para dar suporte ao caso.
Em seu esforço para descobrir a verdade, o dr. Simon Jordan, um jovem médico estudioso de doenças mentais, faz visitas constantes à jovem prisioneira e, em um misto de simpatia e incredulidade, utiliza as ferramentas então rudimentares da psicologia para chegar cada vez mais perto do que realmente aconteceu.
"Às vezes eu sussurro a palavra para mim mesma: Assassina. Assassina. Assassina. Ela produz um som farfalhante, como uma saia de tafetá pelo assoalho." (Grace Marks)
Grace Marks: Mulher insana, femme fatale ou vítima das circunstâncias? Em torno da história real de uma das mulheres mais enigmáticas do século XIX, Margaret Atwood cria um extraordinário conto de crueldade, sexualidade e mistério.
"Um romance sombrio e fascinante." - Time
"Vilã ou vítima, Grace é uma companhia intrigante." - People
Não sou resenhista, porém senti vontade de escrever alguma coisa sobre essa magnífica obra que ganhei de presente da minha neta no meu aniversário.
Eu já havia visto a capa da série na Netflix e lido uma resenha sobre o livro. Adicionei a série na minha lista para assistir este mês.
Quando ganhei o livro e vi a capa fiquei muito feliz. Resolvi, então, ler antes de ver a série. Só tive tempo de iniciar a leitura na sexta-feira, dia 20 e terminei dia 24 de manhã. Todas as horas livres nesses dias passei acompanhando a narrativa. Se eu não tivesse o serviço da casa para fazer teria lido as quinhentas e poucas páginas em menos tempo.
Uma leitura composta de passagens tristes e comoventes.
Foi através dessa trama impressionante que conheci a escrita da autora e parei para refletir sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas que viveram no século XIX.
Bom, o próximo passo será assistir a série para fazer a comparação. Espero gostar tanto quanto o livro.
Se você já leu o livro deixe a sua opinião e se não leu ainda, anote a dica, pois valerá a pena!
Obrigada pela visita!
Cidália.