domingo, 22 de setembro de 2019

O trem









Sentada sob a janela do trem maria fumaça, a bela morena de cabelos pretos, presos num rabo de cavalo, e olhos castanhos observa a paisagem e as pessoas que vão ficando para trás.

Por um momento ela esquece as amigas que estão no vagão. Seus pensamentos vagueiam através do tempo.

O balanço do trem lembra que a vida já teve um ritmo bem lento. Numa época em que o dinheiro chegava pelo trem pagador e que as cabines eram luxuosas para acomodar os membros da nobreza. (https://www1.folha.uol.com.br/turismo/2019/08)

Essas histórias que ela ouvia na escola e anos mais tarde ensinava aos alunos, estavam vívidas na sua cabeça.

A bela morena se imaginou a própria imperatriz sentada naquele vagão indo ao encontro do imperador. Os servos estavam ali para acompanhá-la. Em breve ela estaria se curvando diante daquele que agia como se fosse seu dono.

Assim como aqueles pensamentos apareceram, rapidamente se distanciaram da sua mente.

Jamais ela trocaria a sua vida pela vida daquela imperatriz do século XVIII. Nem mesmo por um segundo. Nem que fosse para usufruir do luxo e mordomia. Nem que fosse para usar aquela roupa pomposa.

A liberdade não tem preço.

A bela morena é uma mulher independente. O marido é seu companheiro, não seu dono. Ela continua a trabalhar porque gosta daquilo que faz.

Quando quer viajar com as amigas o marido a apoia. Ele prefere ficar em casa. Quem gosta de perambular e conhecer novos lugares é ela.

O trem chega ao seu destino e a bela morena desce com as amigas. Elas tiram muitas fotos e planejam a próxima viagem.

Sentir-se como a imperatriz, mesmo que por um breve momento, serviu para lhe mostrar quão boa é a sua vida.

Aquele passeio de 45 minutos, de São João Del Rei à cidade de Tiradentes, MG, mostrou a ela que cada um tem que viver a vida da melhor maneira possível. Sem fazer comparações. Talvez a imperatriz tenha sido uma mulher feliz curvando-se diante do esposo. Ou quem sabe ela tenha encontrado um jeito de enganá-lo para buscar a sua felicidade.

Quanto a ela tem que pensar na sua realidade, nos dias atuais. 

Num próximo passeio de trem a bela morena quer se sentir ela mesma. Não gostou de se imaginar alguém de um século que ficou para trás, mesmo essa pessoa fazendo parte da história do seu país.



E você, gostaria de ter vivido no século XVIII?


Grata pela visita,

Cidália.

sábado, 14 de setembro de 2019

Turistando por aí


Afastada por alguns meses do blog por motivos pessoais, senti vontade de escrever este texto após fazer duas viagens seguidas com a RBR Turismo.

No último sábado de agosto eu, meu marido e algumas amigas fomos à Holambra (eu, meu marido e uma amiga pela segunda vez), as demais pela primeira vez.

No ano passado voltei decepcionada por não ter visitado o campo de flores que é a maior atração.

Por isso quis ir este ano, para ver o campo de flores e assistir a chuva de pétalas, pois o ano anterior saímos de lá muito antes do início do espetáculo.

Desta vez fomos primeiramente ao campo de flores. Eu já me imaginava numa foto no meio dos girassóis.

Mas, ao olhar em volta vi apenas os girassóis num painel, as flores não haviam florescido. Apenas uma e outra no meio da plantação.

Mesmo assim pudemos apreciar a beleza de outras flores e tirar belas fotos.













Quanto à chuva de pétalas foi emocionante. Consegui pegar algumas no ar apenas com uma das mãos, enquanto a outra segurava o celular que estava filmando o evento.





No final do dia saímos do recinto extremamente cansados, pois estava muito calor, mas contentes com o passeio. Meu marido comprou algumas mudas e bulbos.

Na quinta, dia 05/09, lá estávamos eu e algumas amigas na rodoviária rumo a São João Del Rei onde ficaríamos hospedadas para conhecer, além de São João, Tiradentes e Congonhas do Campo.


Muitas professoras dentro do ônibus, até parecia uma reunião pedagógica.

Chegamos na manhã do dia 06 e após o café no hotel saímos para conhecermos o centro histórico de São João Del Rei.


Visitamos algumas igrejas, museus e o túmulo do Tancredo Neves. A cada igreja visitada, Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Catedral Basílica de Nossa Senhora do Pilar, Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Igreja de São Francisco de Assis, ficávamos extasiados.


































No dia seguinte fomos conhecer a cidade de Tiradentes. Antes de entrarmos no trem, visitamos o museu da estação.


Ao chegarmos à cidade fomos direto ao restaurante para o almoço e depois acompanhamos o guia em mais um tour. Conhecemos o chafariz onde as escravas sentavam-se para descansar e conversar um pouco. Segundo o guia era o local onde as escravas fofocavam.




















A bela igreja de Tiradentes, Igreja de Santo Antônio, nos fez perder o fôlego, porém valeu a pena a caminhada. Conhecemos, também, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário que nos encantou com a sua história.

Tivemos um tempo livre para passearmos na praça e para saborearmos um sorvete ou comprarmos alguma lembrança.

No domingo pela manhã demos adeus a São João Del Rei e partimos para Congonhas do Campo.

Ficamos boquiabertos ao subirmos a rua. Subimos numa Van, o ônibus não conseguiria, provavelmente. Parecia que estávamos subindo para o céu. Aqui onde moro tem muitas subidas e ladeiras, mas como Congonhas do Campo, não tem.

Estava tendo a festa do Bom Jesus, então havia muita gente andando para lá e para cá entre as barracas. O guia foi nos guiando com o braço levantado no meio da multidão. Ele segurava um livro.

A Igreja Bom Jesus de Matosinhos estava fechada e numa das laterais o povo seguia em fila para a confissão.
Vimos as obras do Aleijadinho através das aberturas nas portas de cada capela e tiramos fotos.

















Antes de voltarmos paramos para o almoço e mais uma foto.



A viagem de volta foi longa e cansativa, assim como na ida. Os aniversariantes do mês ganharam presentes das organizadoras da excursão.

Costumo dizer sempre que toda viagem se torna cansativa tanto pelas horas na estrada (se for de ônibus) como pela intensidade dos passeios. O que importa é que tudo isso vale a pena, pois voltamos com uma bagagem de conhecimento e aprendizagem muito grande. Sem falar nas amizades fortalecidas, nas boas gargalhadas e na quantidade de fotos.


É um prazer estar de volta com o blog, obrigada pela visita. Volte sempre que tiver um tempinho, será bem vindo (a)!

Cidália.