Manhã de domingo. Um domingo um pouco diferente dos demais.
Sem a missa matinal.
Um dia a gente acorda e vê o mundo de pernas para o ar. As
palavras do momento são isolamento e distanciamento social.
Parece estranho que até outro dia era possível cumprimentar
de mão dada e abraçar as pessoas.
E agora parece que as pessoas têm medo de se aproximar de
alguém.
É preciso ficar em casa, seguir as orientações por causa do
vírus que assola o mundo.
Neste domingo, 22 de março, dia mundial da água, ela se
levanta da cama com a decisão de não ver as notícias.
Ela dá uma volta no jardim, aprecia as flores e faz um
exercício de descer e subir a escada.
Prefere ouvir música enquanto faz algumas tarefas do dia a
dia.
Faz um bolo de banana e aveia.
Prepara o almoço.
Troca mensagens com uma das sobrinhas que mora longe pelo
whats app.
Recebe o telefonema da irmã.
Após o almoço com o marido, ela assiste um filme, o marido
vai para o jardim. Ele tem muita coisa para fazer. Desde cedo.
No meio da tarde o casal vê o filho e a neta pelo face
time. Conversam sobre o assunto do momento e as devidas precauções.
No final da tarde ela organiza um espaço para se exercitar.
Recebeu alguns vídeos da professora de Pilates.
A professora de musculação também ficou de mandar algumas
aulas.
Ela terminou de ler o livro “Até o fim” (HARLAN COBEN) e já
tem outro para ler durante a semana.
A rotina deste domingo não é muito diferente dos outros
domingos, com exceção da missa.
Ela liga para um dos tios. Precisa saber se
ele está cumprindo a quarentena.
Pensando nos acontecimentos que assombram o mundo lhe vem à
mente alguns filmes que abordam temas como epidemias ou pandemias mortais.
Enquanto ela vê as notícias pela TV não imagina que pode ser afetada a qualquer momento pelo Corona vírus.
Muitos idosos não entendem o que está acontecendo.
Principalmente aqueles que gostam de cumprimentar com um aperto de mão e um
abraço. Esses idosos não assistem o noticiário ou se
assistem não compreendem a gravidade.
Para muitos é difícil ficar em casa, pois se sentem
solitários nos dias normais, imagina agora com o distanciamento social sendo
necessário. Eles entenderão que isso é para protegê-los?
O jornal mostra países que estão enfrentando um caos.
Pessoas que se desesperam e correm para comprar máscaras, álcool gel e
mantimentos.
O brasileiro faz piadas. Talvez seja uma maneira de enfrentar
a situação.
É preciso seguir as recomendações da saúde para não deixar
o vírus se alastrar.
Ainda que não possamos nos abraçar fisicamente neste momento é necessário que estejamos unidos na fé e na esperança de que logo tudo isso será passado.
Obrigada pela visita,
Cidália.