Logo que ele nasceu foi o escolhido entre os irmãos pela
minha sobrinha, a dona da sua mãe, para ser nosso.
A data de nascimento registrada na caderneta de vacinação é
26/04/03.
Ele veio para casa com quinze dias, com o rabinho cortado
(naquela época era comum).
Uma caixinha foi arrumada para ser sua caminha, com um pano
que tinha o cheiro da mãe (alguém nos orientou para que fizéssemos isso) e um
ursinho.
Desde então ele foi ganhando peso e tamanho.
Uma mistura de chihuahua, basset e pinscher, ele sempre foi
muito bravinho. Banho só eu (cantando para ele) ou no pet shop. Uma vez meu
marido foi dar um banho nele e ganhou uma mordida.
- Ele é o melhor amigo dele mesmo – eu disse – rsrsrs.
Comeu a mesma ração sempre, só mudou para de acordo com a
idade, para sênior. Além da ração, criou o hábito de pedir a nossa comida, no
café, almoço e janta. Entre as frutas, coco, melancia e mamão.
Não devíamos dar pão, porém, ele foi mal-acostumado.
Pão de minuto, era só ele sentir o cheiro que ia pedir na frente
do fogão. Cheguei a fazer um vídeo.
Bolacha só com margarina ou requeijão.
Seu brinquedo, um osso de plástico, era seu maior
divertimento. Nós cansávamos de jogá-lo e ele não se cansava para ir buscá-lo.
Se chegava alguém aqui em casa ele avançava, cheirava os
pés e depois levava o osso para a pessoa jogar para ele.
Duas parentes morriam de medo dele. Uma delas chegava aqui com
um pedaço de pau na mão para se defender. Não batia nele, era só para
afastá-lo. A outra não fazia isso, mas era preciso o segurarmos no colo.
Um cachorro pequeno, muito ativo.
Não teve nenhuma namorada. Apenas uma amizade colorida com uma gata. Estavam sempre juntos, se roçando um no outro. (Pena que não achei nenhuma foto dos dois juntos).
Não teve nenhuma namorada. Apenas uma amizade colorida com uma gata. Estavam sempre juntos, se roçando um no outro. (Pena que não achei nenhuma foto dos dois juntos).
Até outro dia me acompanhou até a garagem, mas por estar enxergando
pouco, caiu da escada. Graças a Deus não se machucou, apesar de ter rolado
escada abaixo como uma bola. A partir desse dia os cuidados foram redobrados.
Atualmente, sua visão está turva. Dorme a maior parte do tempo.
O levamos para tomar sol no quintal. Sozinho, ele tem dificuldade para subir o
degrau que tem na área.
Já chegou a ficar rouco de tanto latir algumas vezes em que
ficou sem nós por quatro dias.
Têm dias em que ele enjoa da ração. Outros em que volta a
comê-la. Às vezes, ainda late na hora da refeição para pedir a nossa comida.
A veterinária falou que ele é um guerreiro. No final do ano
passado fez exame de sangue. Teve
que fazer um tratamento por causa do tártaro.
Quase não ouve mais. Agora, quando chega alguém aqui em casa, depois de muito tempo que ele aparece.
Esperamos que ele viva muitos anos ainda.
Quanto ao osso de plástico está guardado. Ele não se lembra
mais dele, ou não o enxerga. Passou sobre ele e o ignorou.
O osso de plástico está bem velhinho e jaz dentro de uma
caixa. Um dia, bem longínquo, será uma bela recordação. (Esperamos!)