Reencontro (Homenagem ao dia do PROFESSOR)

No ano de 1979, a primeira turma do magistério do município de Jacupiranga, participou da formatura, colação de grau e o baile. 

Os professores e os familiares estavam presentes. Infelizmente, nem todos os formandos puderam participar, por um motivo ou outro. Jovens professores que a partir daquela data iriam correr atrás de uma oportunidade de trabalho.

Em fevereiro de 1980, a maioria da turma conseguiu uma vaga nas escolas da zona rural. Alguns colegas começaram a trabalhar em escolas próximas e continuaram se encontrando com certa frequência, no ônibus ou numa reunião pedagógica. Outros foram para uma escola mais longe e acabaram se distanciando.

A vida de professor da zona rural não é fácil. Andar quilômetros a pé, depender de carona ou passar o dia esperando o ônibus para voltar para casa. Muitas vezes voltar para casa coberto de pó. Quanto ao sonho de lecionar na cidade, para muitos não passou de um sonho no início da carreira.

Apesar de todos os contratempos da profissão, valeu e continua valendo a pena a dedicação, quando se vê no rosto de cada criança a alegria de aprender a ler e a escrever. Quem escolhe essa profissão sabe que tem nas mãos uma grande missão. Os desafios, às vezes, são grandes, a luta é diária e não há valorização profissional. Mas, há dignidade e sobretudo muito amor.

Na correria do dia a dia onde os professores, principalmente as mulheres, se dividem entre o trabalho e a família, o tempo é curto.

E durante muitos anos a maioria dos colegas perdeu o contato. Apesar de morarem em municípios próximos, se perderam de vista. O tempo passou, alguns se reencontraram infelizmente, anos depois, no velório de uma colega. Uma fatalidade!

Recentemente, graças às redes sociais, duas amigas conseguiram reunir parte da turma num encontro que já deveria ter acontecido antes. A expectativa foi grande, será que dessa vez daria certo? 

Trinta e seis anos depois o reencontro aconteceu num lugar magnífico, com direito a muita emoção e troca de fotos antigas. Entre os colegas que compareceram, uma delas pediu exoneração do cargo e hoje exerce a advocacia. Tem uma que é supervisora de ensino e outra que é diretora das creches no município onde reside. Algumas estão aposentadas e outros, há um professor entre a turma, ainda continuam trabalhando.

O papo rolou solto sobre as recordações do passado, os ótimos professores que tiveram e as coisas que aprontaram, brincadeiras de adolescentes. Falaram sobre a família e os afazeres. Algumas colegas se isolaram por motivos desconhecidos e não estão conectadas. 

Como foi bom ver que mesmo depois de tanto tempo e algumas amigas terem se tornado avós, ainda continuam com a mesma alegria de outrora.

Foram tiradas muitas fotos pelo noivo de uma amiga que mora em São Paulo.

Agora essas amigas mantêm contato através das redes sociais e WhatsApp. Ainda não conseguiram reunir toda a turma, mas com certeza no próximo encontro conseguirão.

Não é mesmo Maísa, Margareth, Maria Amélia, Laurici, Maria de Lourdes, Maria Tereza, Claudinei, Rosemenegilda, Cleide, Leila, Dirce, Dora, Aparecida das Graças, Cida Zanon, Regina, Ester, Neusi, Rosângela, Nazira, Neusa e Deise?

O nosso carinho e eterna gratidão aos professores que tiveram grande influência na nossa formação, entre eles, Ignácia, nossa paraninfa, Eudes, Rogério, Odete, Marísia, Osmarina, Plínio e Rubens.

(1ª turma da E.E.P.S.G. Capitão Bernardo Ferreira Machado).