Dulcinéia saiu da casa dos pais, muito nova, deixando um bebê para eles
cuidarem. Seus pais registraram a neta como filha e Dulcinéia passou
parte da sua vida, vivendo na casa de parentes, trabalhando como
doméstica. Era uma moça alegre e muito simpática.
Quando completou vinte e cinco anos, conheceu um homem bem mais velho que a pediu em casamento. A partir daquele dia, alugaram uma casa e foram morar juntos. Ela aprendeu a costurar e assim podia ajudá-lo com as despesas da casa. Ele ganhava pouco, era motorista de ônibus e uma ajuda extra era bem vinda.
Muitas vezes ela visitou a filha, que a tratava como irmã. Seus pais não a recebiam muito bem, preocupados, pensando que Dulcinéia quisesse levar a menina com ela. Isso nunca havia passado pela sua cabeça, porque, seu marido não aceitaria a criança. Aliás, ele não sabia nada sobre essa menina. Quando viajava, dizia que ia visitar os pais e os irmãos. Ela tinha um irmão mais velho, além da menina que a chamava de mana.
Anos depois, seu marido faleceu num acidente e ela ficou sozinha. Conseguia se sustentar com seu trabalho e com a pensão que recebia pela morte do esposo. As visitas à família foram escasseando até que seus pais faleceram. Seu irmão foi morar no exterior e não deixou o endereço. Eles nunca tiveram um bom relacionamento.
A filha, que se tornara uma linda moça, se casou e perderam o contato. Afinal, a sua filha era sua irmã, de acordo com o registro de nascimento. O nome da Dulcinéia não era pronunciado dentro de casa.
Com a idade avançando, ela já não conseguia mais costurar. Conheceu um homem da sua idade, muito trabalhador que fazia qualquer tipo de trabalho. Convidou-o para morar com ela. Não estavam apaixonados, mas se davam bem, um cuidava do outro.
Dulcinéia começou a se sentir doente, enfraquecida e seu companheiro também estava ficando debilitado. Não tinham mais forças para cuidar da casa. Mal faziam a comida. Eram amparados por uma prima que, infelizmente, não tinha condições de se dedicar exclusivamente a eles.
O casal foi levado para o asilo, para que lá pudessem ter uma melhor assistência. Os funcionários cuidavam deles com carinho, mas, eles não se sentiam bem naquele lugar. Dulcinéia quase não falava sobre a família. Tornara-se uma pessoa triste. Vivia pelos cantos e nem mesmo com o seu companheiro queria conversar. Ali, os dois passaram a ser apenas meros conhecidos. O amor e a amizade, que, um dia, sentiram um pelo outro, ficaram para trás.
Dulcinéia pensava na filha que tivera e em como teria sido a sua vida se a tivesse criado, apesar das dificuldades. Ou se seus pais tivessem agido de outra forma, apoiando-a em vez de tê-la expulsado de casa e registrado a criança como se fosse filha deles. Com certeza, ela não estaria num asilo e sim ao lado da família, da filha e dos netos. Infelizmente, é impossível voltar no tempo e tudo o que resta a Dulcinéia é viver de lembranças e de algumas suposições. Quando ela se afastou da família os laços foram desfeitos. A solidão passou a fazer parte da sua vida.
Quando completou vinte e cinco anos, conheceu um homem bem mais velho que a pediu em casamento. A partir daquele dia, alugaram uma casa e foram morar juntos. Ela aprendeu a costurar e assim podia ajudá-lo com as despesas da casa. Ele ganhava pouco, era motorista de ônibus e uma ajuda extra era bem vinda.
Muitas vezes ela visitou a filha, que a tratava como irmã. Seus pais não a recebiam muito bem, preocupados, pensando que Dulcinéia quisesse levar a menina com ela. Isso nunca havia passado pela sua cabeça, porque, seu marido não aceitaria a criança. Aliás, ele não sabia nada sobre essa menina. Quando viajava, dizia que ia visitar os pais e os irmãos. Ela tinha um irmão mais velho, além da menina que a chamava de mana.
Anos depois, seu marido faleceu num acidente e ela ficou sozinha. Conseguia se sustentar com seu trabalho e com a pensão que recebia pela morte do esposo. As visitas à família foram escasseando até que seus pais faleceram. Seu irmão foi morar no exterior e não deixou o endereço. Eles nunca tiveram um bom relacionamento.
A filha, que se tornara uma linda moça, se casou e perderam o contato. Afinal, a sua filha era sua irmã, de acordo com o registro de nascimento. O nome da Dulcinéia não era pronunciado dentro de casa.
Com a idade avançando, ela já não conseguia mais costurar. Conheceu um homem da sua idade, muito trabalhador que fazia qualquer tipo de trabalho. Convidou-o para morar com ela. Não estavam apaixonados, mas se davam bem, um cuidava do outro.
Dulcinéia começou a se sentir doente, enfraquecida e seu companheiro também estava ficando debilitado. Não tinham mais forças para cuidar da casa. Mal faziam a comida. Eram amparados por uma prima que, infelizmente, não tinha condições de se dedicar exclusivamente a eles.
O casal foi levado para o asilo, para que lá pudessem ter uma melhor assistência. Os funcionários cuidavam deles com carinho, mas, eles não se sentiam bem naquele lugar. Dulcinéia quase não falava sobre a família. Tornara-se uma pessoa triste. Vivia pelos cantos e nem mesmo com o seu companheiro queria conversar. Ali, os dois passaram a ser apenas meros conhecidos. O amor e a amizade, que, um dia, sentiram um pelo outro, ficaram para trás.
Dulcinéia pensava na filha que tivera e em como teria sido a sua vida se a tivesse criado, apesar das dificuldades. Ou se seus pais tivessem agido de outra forma, apoiando-a em vez de tê-la expulsado de casa e registrado a criança como se fosse filha deles. Com certeza, ela não estaria num asilo e sim ao lado da família, da filha e dos netos. Infelizmente, é impossível voltar no tempo e tudo o que resta a Dulcinéia é viver de lembranças e de algumas suposições. Quando ela se afastou da família os laços foram desfeitos. A solidão passou a fazer parte da sua vida.
è muito triste quando o arrependimento chega tarde demais ,linda e comovente historia .
ResponderExcluirSim, realmente muito triste!
ExcluirFoi baseada em alguém que fez parte de nossas vidas, estou certa? Reconheci algumas partes...Muito cruel esse destino dela.
ResponderExcluirSim, vc está certa. Pois é, muito cruel mesmo!
ExcluirNossa ... que texto mais triste. Vida difícil esta da Dulcinéia. Bateu até uma deprê.
ResponderExcluirSim, muito triste!!
ExcluirQue pena!
Obrigada 😘😘
Comovente! Dulcineia sofreu viu? Vida triste 😐
ResponderExcluirSim, infelizmente!
ExcluirObrigada 😘😘
Sim, infelizmente!
ExcluirObrigada 😘😘
Nossa que texto tocante e emocionante! Que vida mais difícil sa Dulcineia. Vai entender os mistérios da vida!
ResponderExcluirBeijos
Lilica
www.omundodalilica.blogspot.com.br
Pois é, Lilica! Às vezes a vida prega algumas peças nas pessoas.
ExcluirObrigada!
😘😘
Este conto é bem triste, vemos atualmente muitos casos parecidos com este. Infelizmente os laços familiares estão diminuindo por escolhas ou correrias dos tempo. Beijão #Luma
ResponderExcluirSim, Luma! Muito triste que esteja acontecendo isso nas famílias.
ExcluirObrigada
😘😘
Meu coração ficou apertadinho aqui </3
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