Meados da década de setenta, no sul do Brasil, numa cidade
perdida no mapa, vivia Isabel com o marido e a pequena Sofia, de seis anos de
idade.
Era uma família aparentemente feliz. O esposo, Roberto, era
agricultor e ela lecionava numa escola da periferia. Era alfabetizadora.
Isabel era uma jovem senhora, sonhadora e romântica. Numa
festa da uva que aconteceu na cidade, ela conheceu Marcos, um jovem espanhol,
muito simpático e sedutor.
A partir daquele dia, ela passou a agir como uma adolescente.
Até mesmo no trabalho, ficava com a cabeça nas nuvens. Não conseguia tirar o
Marcos do pensamento.
Em casa, mal cuidava da filha e do marido. Sempre que podia,
dava um jeito de se encontrar com o rapaz, que estava passando férias na casa de
parentes.
Marcos fez a ela muitas promessas, mesmo sabendo que era
casada e tinha uma filha. Em pouco tempo, Isabel estava completamente
apaixonada. Recebia dele todos os carinhos que não recebia do marido, que era
um homem de poucas palavras e ações.
Enquanto Marcos era romântico, ardente e apaixonado; Roberto
era rude, calado e mais atencioso com a filha.
No penúltimo encontro dos dois, Marcos a convidou
para ir embora com ele. Ela tinha, apenas, um final de semana, para tomar a
decisão mais importante da sua vida.
Desde o telefonema do Marcos, na sexta-feira a noite, Isabel
ficou desnorteada, mais ainda do que já estava nos últimos dias.
O marido percebeu que ela estava diferente. Desde que chegou
do trabalho, que Isabel não dissera uma palavra. Não fizera o jantar e nem
sabia onde a filha estava.
A menina, vendo que a mãe parecia ausente, aproveitou para ir
brincar na casa da vizinha.
Roberto ligou para as amigas da filha e foi buscá-la, quando
descobriu onde ela estava. Ele mesmo preparou o jantar.
Isabel passou a noite em claro, pensando na escolha que
faria. Continuar com a sua família ou ir embora com o Marcos? Levar a sua vida
rotineira ou viver uma aventura com alguém que acabara de conhecer?
No dia seguinte, levantou cedo com o telefonema do Marcos. Ele
estaria esperando por ela na rodoviária no domingo após o almoço. Pegariam o
ônibus às 15 horas para São Paulo, onde ele estava morando.
Sem querer, Roberto ouviu a conversa e ficou desesperado.
Então era por isso que sua esposa estava diferente? Ela estava tendo um caso?
Com quem? Não conseguia imaginar! Eles estavam planejando uma fuga? Ela teria
coragem de abandonar a filha?
No final do dia, pensou em perguntar a ela o que estava
acontecendo, não estava aguentando tantas dúvidas, mas, ao entrar no quarto e
vê-la arrumando a mala, ficou completamente anestesiado.
Isabel, apenas olhou para ele com ar de desculpa, deu um
beijo na filha, que ficou chorando, sem entender o que acontecia naquele
momento. Já que resolvera tomar aquela decisão, quis ir o quanto antes se
encontrar com seu amante.
Roberto acompanhou-a com o olhar entristecido e com a filha
no colo, até vê-la entrar no táxi e ir embora. Atônito, tentou consolar a
menina, dizendo que a mãe voltaria logo. Na hora de dormir, ele achou uma
carta, onde a esposa pedia perdão pela
escolha que fizera.
Enquanto isso, Isabel encontrou Marcos num hotel próximo à
rodoviária. No dia seguinte, tomaram o
ônibus no horário previsto. Abraçados,
trocando juras de amor, seguiram viagem.
Isabel deixou para trás um casamento sólido e a filha e partiu
rumo ao desconhecido. Trocou a família por uma paixão inebriante.
Será que um dia, Deus a perdoaria? Será que ela não se
arrependeria daquela escolha?
Será que a filha a compreenderia, quando tivesse idade para entender a sua decisão?
Será que a filha a compreenderia, quando tivesse idade para entender a sua decisão?
Somente o tempo traria as respostas para essas perguntas.
Com certeza ela iria se arrepender ,pois ninguém consegue ser feliz a custa da infelicidade dos outros ,parabéns a escritora
ResponderExcluirObrigada Cleuza! Sim, com certeza, a felicidade será passageira. Bjos!
ExcluirSeguinte: abandonar o marido sem graça por um rapaz apaixonado, que a fazia sentir-se viva e vibrante, eu entenderia!! Mas abandonar uma filha???? Isso não! Belo conto, Dallica!!
ResponderExcluirObrigada Vera! Gosto muito das suas opiniões. Bjos!
ExcluirEm parte nao a condeno,e ate acho q fez a escolha certa, foi buscar sua felicidade,mas tambem fico com pena do marido e da filha
ResponderExcluirObrigada, Wellisson Lucas, pela opinião. Abraços.
ExcluirVc faz bem em procurar a sua felicidade e seguir o seu caminho
ResponderExcluirObrigada pela visita!
ExcluirBjs❤
Nossa que história é essa , começa simples e todo esse desfexo impressionante eu acho que a filha compreenderia . Adorei o post beijos
ResponderExcluirObrigada, gostei muito da sua opinião!
ExcluirBeijos.
Se a felicidade dela estiva naquele amor, tudo lindo mas a filha não poderia ter abandonado, imagino a cabeça dessa criança. belo conto
ResponderExcluirGostei bastante da sua opinião, obrigada!
ExcluirBeijos.
Nesse caso, o arrependimento sem fim! www.kellyzarate.com
ResponderExcluirObrigada pela visita!
ExcluirBjos.
Uau... Não sei nem o q dizer. Já fiz tantas loucuras quando solteira. Mas depois de casar, ver filhos. Não. Não teria coragem nunca. Com certeza deixaria de lado meus sentimentos. Belo conto.
ResponderExcluirMuito boa sua opinião, obrigada!
ExcluirBjos.
Belo conto. Eu não abandoria uma filha por nada nesse mundo, nem mesmo pela minha própria felicidade.
ResponderExcluirBjs
Que bom que você pensa assim!
ExcluirObrigada pelo comentário, bjos!
Como assim, abandonar a filha por um cara desconhecido? Trocar um casamento que não está aquelas coisas é aceitável, mas partir sem nem pensar na filha pequena?!
ResponderExcluirAdorei a estória, realmente mais uma que me prendeu.
Beijúh
Com Q
http://comqb.blogspot.com.br/
Pois é, Queli, tem mães e mães!! Muitas vezes pensamos que as notícias que vemos na TV não acontecem, mas infelizmente, existem mulheres desse tipo!
ExcluirOba, fico feliz que tenha gostado!
Beijinhos❤
É algo complicado, eu sinceramente fico na dúvida do que pensar ou mesmo se tenho o direito de julgar a atitude dela.
ResponderExcluirMas acho que fugas assim não são legais, se não estava mais dando certo então que houvesse uma separação e que não abandonasse a filha, mas em fim, não sou eu que vou julgar a atitude dela já que não sei o que se passava no coração e relação dos dois (ela e o esposo). Por outro lado eu desconfiaria de alguém (o amante) que não se importou em afastar a mãe da filha, isso ao menos pra mim, é um ponto contra ele, quem garante que amanhã ou depois não será ela sendo abandonada?
Muito bom esse conto, dá uma bela reflexão!
Bjos
Minda ❤ 😍
Gostei muito da sua opinião! Sempre ouvi falar que só o casal sabe o que acontece entre quatro paredes, mas daí a abandonar um filho já é outra coisa.
ExcluirMuito obrigada, comentários como o seu, me motivam a continuar escrevendo.
Beijos ❤
Quem somos nós para jugar a atitude de alguém...
ResponderExcluirEu particularmente jamais abandonaria um filho seja o motivo que seja...
Como disse nossa colega...uma ótima reflexão...
Obrigada por compartilhar a sua opinião!
ExcluirEu também penso como você.
Valeu, beijos!
❤
Com certeza ela vai se arrepender pois abandonar uma filha é algo que poucas mulheres teriam a coragem de fazer, além disso a vida é feita de ação e reação, aqui se faz aqui se paga. Bjs
ResponderExcluirhttp://www.makeupcominteligencia.com/
Também penso assim! A gente ouve falar sobre homens que abandonam os filhos, mas mulheres é raro acontecer.
ExcluirObrigada, amei seu comentário!
😘😘
Com certeza, ela ira se arrepender pois esta abandonando o que Deus lhe deu de mais precioso.
ResponderExcluirConcordo com você!
ExcluirObrigada pelo comentário, beijos!
❤
Sei nem o que dizer hahaah. Acho certo ir atrás da felicidade, mas abandonar a filha? acho errado hahaha. Adorei o conto Ci. Beijão
ResponderExcluirObrigada, Dani! E eu adorei o seu comentário.
ExcluirBeijão ❤
Olha... Não concordo com o abandono. Mas cada um cada um né? Vida que segue. Bom o conto. Beijos!
ResponderExcluirObrigada, amei a sua opinião!
ExcluirBeijos ❤