terça-feira, 15 de julho de 2025

Paciência

 



 


O dia começa bem cedo.

Uma manhã não muito fria.
O motorista, um ex-aluno,
Um querido.
Uma viagem curta e tranquila.
Conversa animada.
É hora de esperar,
Aguardar a chamada.
A paciência é a melhor companhia.
Na manhã de domingo.
O celular mudo,
A internet não funciona.
O passatempo é escrever,
Detalhar os momentos.
Conversas paralelas são ouvidas,
A fome começa a dar sinal,
O café foi muito cedo.
Parece que o tempo parou.
Bocejos e mais bocejos,
Sono ou fome?
Provavelmente os dois.
Barulho de coisas batidas,
Passos barulhentos na escada de aço,
Choro de criança ao longe,
Pessoas cochilando,
Pessoas cochichando.
Pessoas conversando.
Pessoas friorentas.
Ficar sentado numa cadeira desconfortável não é nada fácil.
Uma criança, choramingando, passa com o braço enfaixado.
Um médico passa sem enxergar os pacientes sentados.
Funcionários andam de um lado a outro.
Ninguém cumprimenta ninguém.
Alguém ao lado cochila,
A espera é grande.
Quanto tempo mais?
Paciência!
Na manhã de domingo,
Alguém dorme tranquilamente,
Enrolado no cobertor quente.
Outros dormem, sentados, numa cadeira.
De repente uma notícia,
Por conta de uma infecção urinária,
O procedimento ficará para a semana seguinte.
A espera, agora, é pela condução. 
Um lanchinho vai bem. 
A fome continua... 
O jeito é ver se tem uma lanchonete aberta. 
Um quibe e um café. 
Agora sim! 
Logo a condução chega. 
Graças a Deus! 
Passar a tarde maratonando uma série é uma ótima opção. 
 
 
 
Obrigada pela visita, 
 
Cidália.