Parece que foi ontem que o mundo despertou numa pandemia.
Notícias alarmantes e tenebrosas.
As pessoas, assustadas, com medo de sair de casa.
Escolas, igrejas e comércio fechados.
Lotações em ônibus, afinal os trabalhadores que precisam do
transporte coletivo não têm opção.
Tudo isso vai passar, foi a frase mais falada e escrita nas
redes sociais.
O número de óbitos aumentando consideravelmente.
Março, abril, maio...
Horário para os idosos são estabelecidos nos mercados.
Sair de casa? Só em caso de extrema necessidade.
Exames e consultas médicas desmarcados, adiados.
Quarentena, distanciamento social, uso de máscaras e álcool
em gel, lavagem das mãos e higienização dos alimentos.
Cuidados com o calçado e a roupa de sair.
Muitas lives nas redes sociais de cantores e demais
artistas.
Junho, julho...
Notícias tristes visualizadas quase toda semana no
facebook.
Um conhecido, um amigo ou parente que estava contaminado.
Um primo que morava em Goiânia perde a batalha para o
vírus, muito triste.
O número de óbitos aumentando nas pequenas cidades.
O país dividido, de um lado pessoas com medo respeitando os
cuidados, do outro pessoas lotando praias e promovendo aglomerações.
Abre comércio, fecha comércio.
Agosto...
Uma triste notícia, um cunhado que não resiste ao vírus.
Família inconformada. Ele estava trabalhando em casa e mesmo assim foi
contaminado.
Igrejas reabrem as portas com todas as medidas de
segurança.
Setembro, outubro, novembro....
Escolas continuam fechadas.
Viagens de excursão voltaram a ser realizadas.
Pessoas com medo x pessoas nem aí. Na concepção de muitos a
diversão vence o medo.
Mais conhecidos e amigos perdendo a batalha.
A vacina dividiu opiniões. Uma questão de política. Obrigatoriedade x consciência.
Enquanto o número de infectados e óbitos está aumentando, a
população continua dividida.
Março, com 300 mortes em um dia na Itália:
todo mundo em casa, palmas na janela para os profissionais de saúde. Dezembro,
com mais de 900 mortes por dia no Brasil, subindo, em pleno verão e chegando a
200 mil mortes: todo mundo saindo e os profissionais de saúde que se virem.
(Átila Iamarino, biólogo)
Dezembro...
O Natal está se aproximando.
Recomendações para que não sejam promovidas aglomerações
nem mesmo na família são feitas.
Em alguns lugares manifestações são feitas. Muita gente sem
máscara.
Na tevê, imagens de aglomerações são exibidas diariamente.
Os casos positivos continuam aumentando.
Pessoas conhecidas e artistas famosos não conseguem sobreviver ao vírus.
Mensagens desestimulando as visitas são divulgadas.
O abraço e o aperto de mão continuam proibidos.
As luzes de Natal enfeitam as cidades.
As árvores natalinas são armadas e enfeitadas. A magia do
Natal faz a esperança renascer.
Que o menino Jesus abençoe a todos!
Que em cada coração brote a paz, o amor, a empatia, a
solidariedade...
Que, acima de tudo, a gratidão faça parte da vida de cada pessoa.
Que Deus proteja àqueles que precisam sair para trabalhar e
que dependem de ônibus lotado.
Que a saúde, o bem mais precioso, seja preservada.
Que o respeito entre as pessoas seja mútuo.
Que 2021 seja um ano bom para todos.
Que o vírus seja exterminado.
Que os abraços sejam liberados.
Amém.
Grata pela visita,
Cidália.