quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Apego

 

                                                                   (foto ilustrativa)

Ele está sentado na área da frente de sua casa como em todas as manhãs. Ele gosta de ficar sozinho com seus pensamentos. Já não é mais aquele homem forte e viril que até a pouco tempo fazia tudo sozinho. Ele nunca gostou de depender de ninguém, nem dos próprios filhos. Ele sempre gostou de comer a comida feita pelas suas mãos.

Sua mente continua ativa, ele está bem informado, não perde os noticiários. Mas, as pernas já não o obedecem mais. Ele não tem mais o apetite que tinha. Nenhuma comida o apetece. O leite é seu alimento diário. Gosta do leite batido com amendoim.

Às vezes, numa conversa, as lágrimas escorrem dos seus olhos. Ele está muito emotivo. Ele sente saudades das coisas boas e se arrepende pelas coisas que deixou de fazer. Ele não se preocupa mais com o futuro. Tudo que lhe resta é o passado.

Ele sente falta dos amigos, porém muitos já se foram.

Nas conversas dá para notar o seu apego aos bens materiais. Ainda quer verificar sua conta bancária mensalmente, mesmo não tendo mais necessidade.

- Eu queria comprar um carro para deixar na garagem e poder admirá-lo. Queria pensar “esse carro é meu”.

Esse apego aos bens materiais talvez seja fruto da vida difícil que teve. Uma vida de labuta. Ele conseguiu muita coisa graças ao esforço e perseverança.

Ao longo do tempo ele foi chamado de pão duro, mas foi economizando cada centavo que conseguiu adquirir seus bens.

Ele precisa entender que chegou a hora de descansar. Chegou a hora de viver com tranquilidade.

Ele precisa se adaptar a sua nova realidade.

Ele precisa provar a comida das filhas e ver que é tão saborosa quanto a sua.

Ele não é mais aquele homem independente. É chegada a hora dele reconhecer que precisa dos filhos.

Ele deve agradecer pelos filhos que cuidam dele com paciência. Muitos filhos abandonam os pais em asilos.

A vida é o bem mais precioso, o único apego que devemos preservar e cuidar enquanto a temos.

O homem se esquece que ninguém é dono de nada!
Você não é dono da sua casa, do seu carro, nem da roupa do seu corpo.
Se você morrer, já passa a ser de outro...Tudo aqui nos é emprestado. (Callegari)

 

Grata pela visita,

Cidália.

segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Árvore frondosa

 

 



Árvores de muitas espécies, árvores que dão sombra, que dão frutos, que dão flores, que dão a madeira, que dão o ar que respiramos.

Árvores que alimentam os pássaros, que enfeitam os jardins, que colorem as calçadas, que enchem de encanto os olhos que as admiram.

Árvores que balançam seus galhos dançando com o vento em puro êxtase.

Árvores gigantescas com suas raízes a sobressair da terra.

Árvores pequenas de troncos finos.

Árvores que no outono forram o chão com suas folhas.

Árvores que servem de morada aos pássaros, agasalhando seus ninhos.

No dia 21 de setembro comemoramos o Dia da Árvore, porém todo dia é dia de pensarmos na importância da árvore para o meio ambiente.

Não devemos plantar uma muda somente no dia 21 de setembro. Esse dia é para incentivar o plantio de mudas, mas por que não as plantar em outras datas também?




 

O que seria do planeta se porventura não existissem as árvores?

 

O Brasil é o segundo país com a maior cobertura vegetal do mundo, ficando atrás apenas da Rússia. Entretanto, o desmatamento está reduzindo de forma significativa a cobertura vegetal no território brasileiro. São aproximadamente 20 mil quilômetros quadrados de vegetação nativa desmatada por ano em consequência de derrubadas e incêndios.  (https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/desmatamento-no-brasil.htm)

 

 

Música: A árvore da montanha

A árvore da montanha
Ole-li aio
A árvore da montanha
Ole-li aio
Esta árvore tinha um galho
O que galho, belo galho
Ai, ai, ai que amor de galho
E o galho da árvore

A árvore da montanha
Ole-li aio
A árvore da montanha
Ole-li aio
Este galho tinha um broto
O que broto, belo broto
Ai, ai, ai que amor de broto
E o broto do galho
E o galho da árvore

A árvore da montanha
Ole-li aio
A árvore da montanha
Ole-li aio

Este broto tinha uma folha
E esta folha tinha um ninho
E este ninho tinha um ovo
E este ovo tinha uma ave
E esta ave tinha uma pluma
E esta pluma tinha um índio
E este índio tinha um arco
E este arco tinha uma flecha
Esta flecha foi na árvore
O que árvore, bela árvore
Ai, ai, ai que amor de árvore
E a árvore da montanha
Ole-li-aio
A árvore da montanha
Ole-li aio

 

Grata pela visita,

Cidália

 

sábado, 4 de setembro de 2021

Entretenimento ll

Continuando com os comentários sobre as leituras realizadas, no final de maio li A Grande Ilusão (Harlan Coben) que tem um final surpreendente. A trama faz jus ao título mostrando ao leitor que muitas vezes a aparência e até mesmo os fatos enganam.


Maya Stern é uma ex-piloto de operações especiais que voltou recentemente da guerra. Um dia, ela vê uma imagem impensável capturada pela câmera escondida em sua casa: a filha de 2 anos brincando com Joe, seu falecido marido, brutalmente assassinado duas semanas antes. Tentando manter a sanidade, Maya começa a investigar, mas todas as descobertas só levantam mais dúvidas. Conforme os dias passam, ela percebe que não sabe mais em quem confiar, até que se vê diante da mais importante pergunta: é possível acreditar em tudo o que vemos com os próprios olhos, mesmo quando é algo que desejamos desesperadamente? Para encontrar a resposta, Maya precisará lidar com os segredos profundos e as mentiras de seu passado antes de encarar a inacreditável verdade sobre seu marido – e sobre si mesma.

Ainda no mês de maio comecei a ler Passarinha (Kathryn Erskine), um livro que vi a indicação num determinado blog. Fiquei interessada pelo tema e quis conhecer a história da personagem.

 


Caitlin é uma menina de dez anos de idade, autista, que tenta captar o sentido após o dia em que a vida desmoronou: a morte de seu irmão mais velho Devon – que sempre a guiou pelo mundo. ... É incrível como a escritora conseguiu retratar uma trama pesada (lidar com a morte) sobre a perspectiva de uma criança com Asperger.
 

No mês de junho li o romance de Nickolas Sparks, O Retorno. Para quem já leu seus livros sabe que as histórias dele seguem o mesmo estilo. O leitor prevê o final da trama desde o início da leitura.


 

Trevor Benson não estava planejando voltar para New Bern, uma cidadezinha na Carolina do Norte. Porém, após ouvir as últimas e enigmáticas palavras do avô no leito de morte, ele decide passar um tempo na velha casa que herdou. Decidido a cuidar das colmeias da propriedade, Trevor nem pensa em se apaixonar.    
     

O Sal das lágrimas (Ruta Sepetys) foi lido, também, no mês de junho. Uma narrativa muito triste e emocionante.


 

Inverno de 1945, Segunda Guerra Mundial.

Quatro refugiados, quatro histórias.

Joana, Emilia, Florian, Alfred. Cada um de um país diferente. Cada um caçado e assombrado pela tragédia, pelas mentiras e pela guerra. Enquanto milhares fogem do avanço do exército soviético na costa da Prússia, os caminhos desses quatro jovens se cruzam pouco antes de embarcarem em um navio que promete segurança e liberdade. Mas nem sempre as promessas podem ser cumpridas...

Profundamente comovente, O sal das lágrimas se baseia em um acontecimento real. O navio alemão Wilhelm Gustloff foi afundado pelos russos no início de 1945, tirando a vida de mais de 9 mil refugiados civis, entre eles milhares de crianças. É o pior desastre marítimo da história, com seis vezes mais mortos que o Titanic.

Em julho foram dois livros lidos. O Rouxinol (Kristin Hannah), mais uma história falando sobre a segunda guerra mundial. Uma trama triste e revoltante, porém, surpreendente.

 

O Rouxinol narra a história de duas irmãs separadas pelos anos e pela experiência, pelos ideais, pela paixão e pelas circunstâncias, cada uma seguindo o seu próprio caminho arriscado em busca da sobrevivência, do amor e da liberdade numa França ocupada pelos alemães e arrasada pela guerra. Um romance muito belo e comovente que celebra a resistência do espírito humano e em particular no feminino. Um romance de uma vida, para todos.

Uma mulher na escuridão (Robert Bryndza), um suspense impactante e cheio de mistério. Uma trama ardilosa que aguça a curiosidade do leitor até o último capítulo.

 


Uma Mulher na Escuridão narra a história da investigadora forense Rory que, ao limpar o escritório de seu falecido pai, encontra documentos ocultados da justiça de um caso ocorrido há 40 anos. ... Sem deixar pistas ou corpos, ele foi responsável pelo sumiço de cinco mulheres.

Em agosto foram mais dois livros lidos, Anjo da escuridão (Sidney Sheldon), que na verdade foi uma releitura. Logo nas primeiras páginas lembrei que já o havia lido, mas como não lembrava do desfecho, reli cada página como se estivesse lendo pela primeira vez.


 

Um rico negociador de artes é brutalmente assassinado em sua mansão: Andrew Jakes está amarrado ao corpo nu de sua jovem e bela esposa, violentamente espancada e estuprada. O detetive Danny McGuire empenha-se na busca do culpado, mas Angela Jakes desaparece depois de doar sua herança.

O livro Depois de Auschwitz (Eva Schloss) é um relato que traz muitas informações sobre a segunda guerra, que fala sobre as atrocidades vivenciadas pelos judeus e conta a história de alguns sobreviventes do holocausto e do campo de concentração de Auschwitz. Quem narra é Eva Schloss, uma das sobreviventes que após a guerra se tornou enteada do pai de Anne Frank.


Em seu aniversário de quinze anos, Eva é enviada para Auschwitz. Sua sobrevivência depende da sorte, da sua própria determinação e do amor de sua mãe, Fritzi. Quando Auschwitz é extinto, mãe e filha iniciam a longa jornada de volta para casa. Essa leitura transporta o leitor para uma realidade inimaginável.


Obrigada pela visita,

Cidália,