Ao receber a carta do filho, dona Josefa chorou muito. Porém, não foi um choro de tristeza, foi um choro de agradecimento. Não pelo dinheiro que ele estava devolvendo. Claro que o dinheiro seria útil na sua velhice, para os medicamentos e para seu conforto.
Porém, o agradecimento era pelo fato do filho reconhecer seus erros e pedir perdão. Pena que ele precisou perder a esposa e parte de uma perna para perceber que a ganância, o egoísmo e o orgulho eram sentimentos destrutivos.
Porém, o agradecimento era pelo fato do filho reconhecer seus erros e pedir perdão. Pena que ele precisou perder a esposa e parte de uma perna para perceber que a ganância, o egoísmo e o orgulho eram sentimentos destrutivos.
Ariana, prestes a se casar com o amor da sua vida, voltou a estudar. Queria ser professora efetiva e não somente uma substituta. Ela queria voltar para a escola que deu abrigo à sua família, como educadora. Queria dar mais atenção às crianças, se dedicar à carreira com amor.
Geraldo se tornou um ótimo comerciante. Transformou o bar num armazém de secos e molhados. Comprou uma bela casa perto do tio. Uma casa espaçosa, pois ele e Ariana pretendiam ter uns quatro filhos.
Geraldo se tornou um ótimo comerciante. Transformou o bar num armazém de secos e molhados. Comprou uma bela casa perto do tio. Uma casa espaçosa, pois ele e Ariana pretendiam ter uns quatro filhos.
Num almoço de domingo onde Sueli convidou toda a família, os irmãos Jaime e Jurandir, juntamente com José Carlos, resolveram buscar o tio Jesuíno para que ele ficasse um tempo com a mãe.
O motivo que os levou a tomar tal decisão foi o que o tio escreveu no final da carta endereçada à mãe.
“Agora estou bem. Quase não vejo minhas filhas e meus genros, mas tenho a dona Pérola que cuida bem de mim. Pena que ela não gosta de conversar, então converso comigo mesmo. Sou um bom ouvinte. Com a ajuda das muletas posso caminhar pelo quintal. Cheguei à conclusão de que estou sentindo o mesmo que a senhora e Ariana sentiram na minha casa. Mereço passar por isso.”
E lá foram os três homens buscar o Jesuíno para que ele ficasse na casa da irmã e pudesse se reconciliar com toda a família. Afinal, todo mundo merece uma segunda chance.
Em breve Elizandra e Noel teriam um bebê. Estavam morando numa casa alugada e juntando dinheiro para comprar um lote e construir uma moradia. Noel era um rapaz trabalhador e Elizandra tinha uma boa clientela; era uma ótima costureira.
Jesuíno recebeu os irmãos e o sobrinho com alegria. O motivo da felicidade foi ver que os irmãos não guardaram ressentimento pelo que ele fez com a mãe. Aceitou o convite sem pensar duas vezes e dispensou a dona Pérola.
José Carlos não segurou a língua quando viu o quarto nos fundos onde o tio vivia.
- Tio, nesta casa tão grande, não tinha um quarto melhor para o senhor ficar?
- Não me incomodo com essas coisas, meu filho. Pra mim este quarto é suficiente.
- Meu quarto também é pequeno, o senhor vai ficar lá e ver que é muito mais confortável que este.
- Não deixe sua prima ouvir isso, ela vai ficar ofendida. Pelo menos ela me trouxe pra cá, a irmã disse que não me queria na casa dela.
- Nossa, tio! Não se preocupe, o senhor será bem vindo na casa da mamãe. A vovó está muito feliz.
Depois dessa conversa os homens resolveram dormir no hotel e viajar na manhã seguinte de volta para casa. Passariam cedo para pegar o Jesuíno.
Quando os quatro chegaram na casa da Sueli, toda a família estava reunida esperando por eles. A mesa foi colocada no quintal para o almoço. Noel e Geraldo foram responsáveis pelo churrasco.
Jesuíno foi recebido com alegria e chorou ao abraçar a mãe e pedir perdão mais uma vez, agora pessoalmente. Dona Josefa o apertou em seus braços e ele se sustentou sobre a única perna para não cair.
Ao abraçar Ariana, o tio que lhe causou sofrimento, foi gentil e amoroso. Aquele homem que estava ali, naquele momento, parecia muito diferente do Jesuíno de outrora. A moça apresentou seu noivo a ele que o tratou cordialmente.
Dali em diante o passado seria enterrado. A família seguiria a sua rotina com mais um integrante. Geraldo convidou-o para trabalhar com ele no armazém. Precisava contratar um funcionário e Jesuíno era a pessoa perfeita. Poderia ser o caixa, assim trabalharia sentado.
O casamento da Ariana aconteceu no civil e no religioso. Ela foi a noiva mais feliz dos últimos tempos. A festa foi presente da avó Josefa. A lua de mel do casal seria no Caribe. Presente dos pais do Geraldo. Uma viagem inesquecível para os pombinhos.
As gêmeas, filhas do Jesuíno, foram convidadas e ao verem o pai acharam que ele estava muito bem ali. Não o chamaram para voltar com elas. Não queriam ter trabalho com ele.
As gêmeas, filhas do Jesuíno, foram convidadas e ao verem o pai acharam que ele estava muito bem ali. Não o chamaram para voltar com elas. Não queriam ter trabalho com ele.
A família desfrutou de mais uma data memorável e ainda teriam outras datas para comemorar. O nascimento do filho da Elizandra, a formatura do José Carlos que, depois do curso técnico, quis fazer direito e a formatura da Ariana.
Sueli e dona Josefa continuaram ajudando Elizandra com a costura. Antes do neto nascer, Sueli levou a mãe para ficar uma semana numa cidade praiana. As duas queriam se divertir um pouco.
Dona Josefa tinha esperança de que a filha conhecesse alguém que a fizesse feliz. Mal sabia ela que Sueli havia prometido a si, depois de perder o marido, que não dividiria a sua vida com mais ninguém.
Jesuíno se tornou o braço direito do Geraldo no armazém. O trabalho lhe deu ânimo para viver e assim ele podia colaborar com a despesa da casa. Seu plano para o futuro era chamar a dona Pérola para morar com ele. Estava pensando em alugar uma casa perto da irmã.
Quem sabe a dona Pérola aceitaria uma proposta de casamento? Durante o tempo que ela cuidou dele, Jesuíno notou a sua beleza interior. Descobriu, por acaso, que ela era viúva e morava sozinha.
Dona Josefa tinha esperança de que a filha conhecesse alguém que a fizesse feliz. Mal sabia ela que Sueli havia prometido a si, depois de perder o marido, que não dividiria a sua vida com mais ninguém.
Jesuíno se tornou o braço direito do Geraldo no armazém. O trabalho lhe deu ânimo para viver e assim ele podia colaborar com a despesa da casa. Seu plano para o futuro era chamar a dona Pérola para morar com ele. Estava pensando em alugar uma casa perto da irmã.
Quem sabe a dona Pérola aceitaria uma proposta de casamento? Durante o tempo que ela cuidou dele, Jesuíno notou a sua beleza interior. Descobriu, por acaso, que ela era viúva e morava sozinha.
O amor venceu todas as barreiras enfrentadas pela família da Ariana e curou todas as feridas.
A você que acompanhou esta história ou apenas leu alguns trechos, meu agradecimento especial!
Ao meu sobrinho desenhista, Marcos Wagner, que colaborou comigo com as ilustrações meu eterno carinho!
FIM
A você que acompanhou esta história ou apenas leu alguns trechos, meu agradecimento especial!
Ao meu sobrinho desenhista, Marcos Wagner, que colaborou comigo com as ilustrações meu eterno carinho!
Beijos,
Cidália.
Se você sentir curiosidade de ler os capítulos anteriores, basta acessar este link:
http://contosdacabana.blogspot.com.br/…/vida-as-avessas-ret…
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