Alegria, muita alegria e sobretudo, gratidão! Poder completar mais um ano de vida, é uma grande dádiva.
Estou entrando na semana do meu aniversário. Na terça, 26, estarei assoprando mais uma velinha, se Deus quiser. (PS: não haverá bolo)
Por um triz não fui chamada de Natalina ou Natália. Bem que eu preferia ser Natália. Por muitos anos detestei meu nome. Gostaria que meu nome fosse mais comum.
Minha avó paterna me chamava de Dalica. Um dos meus sobrinhos me chamava de Dália. Mas, até por Cidade fui chamada uma vez. Meu pai me chamava carinhosamente de Girgo, confesso que não tenho ideia de onde surgiu esse apelido.
Por falar em apelidos, fui muito zoada na infância. Rimavam meu nome com sandália. Como eu achava feio meu nome!
Meu nome não foi escolhido pela minha mãe ou pelo meu pai. Nem pelos meus irmãos. Quem o escolheu foi uma vizinha da minha família.
Segundo as informações que me passaram, essa vizinha era fã de uma cantora portuguesa da época.
Depois da adolescência conheci outras com o mesmo nome, uma portuguesa (irmã do dono de uma padaria), uma enfermeira e anos depois, uma outra senhora, cliente de uma loja de roupas que eu tinha conta.
Com a chegada da internet, descobri outras mulheres com o mesmo nome. Descobri que em Portugal o nome é comum.
A ironia que vejo na origem da escolha do meu nome, é que tenho um enorme complexo de voz. Meu nome que foi em homenagem a uma cantora portuguesa!
Como, Cidália, complexo de voz? Sim, talvez tudo tenha começado na infância. Meus irmãos cantavam muito bem. Um dia meu pai me ouviu cantando um trecho da música, Menino da Porteira e falou:
- Girgo, você não tem voz para cantar como seus irmãos.
Hoje, imagino que ele falou sem maldade. Não pensou que aquela frase dita por ele naquele momento, quem sabe, de brincadeira, fosse ficar enraizada na minha memória.
No magistério, numa aula prática, de música, a professora de didática criticou a minha voz. A ela eu respondi, educadamente.
- Vou ser professora e não cantora.
Como professora minha voz foi muito usada. Falei e cantei com os aluninhos. Sem vergonha, sem complexo. Uma única vez, uma aluna do quinto ano escreveu-me uma cartinha, das muitas que recebi ao longo da carreira, onde dizia que quando eu falava parecia que eu estava chorando.
Sem nenhum problema falei com os pais em todas as reuniões, porém, nunca gostei de microfone.
Dependendo do lugar, passei maus momentos por causa do complexo. Vergonha e nervosismo.
Creio que seja por isso que prefiro a escrita. Tenho mais facilidade com as palavras redigidas do que com as palavras pronunciadas em público.
Na semana do meu aniversário, resolvi escrever esse texto, para saber se há mais alguém entre os leitores que assim como eu não gostava do nome e acabou se acostumando com ele. Ou se tem alguém com complexo de voz ou alguma história da infância que queira compartilhar.
“Que 2018 seja um ano repleto de saúde, amor, determinação, paz, prosperidade e sucesso em todos os campos profissionais!”
Aos blogueiros que a caminhada seja de muito sucesso!!
Um carinhoso abraço,
Cidália.