(foto ilustrativa)
Ele está sentado na área da frente de sua casa como em todas as manhãs. Ele gosta de ficar sozinho com seus pensamentos. Já não é mais aquele homem forte e viril que até a pouco tempo fazia tudo sozinho. Ele nunca gostou de depender de ninguém, nem dos próprios filhos. Ele sempre gostou de comer a comida feita pelas suas mãos.
Sua mente continua ativa, ele está bem informado, não perde os noticiários. Mas, as pernas já não o obedecem mais. Ele não tem mais o apetite que tinha. Nenhuma comida o apetece. O leite é seu alimento diário. Gosta do leite batido com amendoim.
Às vezes, numa conversa, as lágrimas escorrem dos seus olhos. Ele está muito emotivo. Ele sente saudades das coisas boas e se arrepende pelas coisas que deixou de fazer. Ele não se preocupa mais com o futuro. Tudo que lhe resta é o passado.
Ele sente falta dos amigos, porém muitos já se foram.
Nas conversas dá para notar o seu apego aos bens materiais. Ainda quer verificar sua conta bancária mensalmente, mesmo não tendo mais necessidade.
- Eu queria comprar um carro para deixar na garagem e poder admirá-lo. Queria pensar “esse carro é meu”.
Esse apego aos bens materiais talvez seja fruto da vida difícil que teve. Uma vida de labuta. Ele conseguiu muita coisa graças ao esforço e perseverança.
Ao longo do tempo ele foi chamado de pão duro, mas foi economizando cada centavo que conseguiu adquirir seus bens.
Ele precisa entender que chegou a hora de descansar. Chegou a hora de viver com tranquilidade.
Ele precisa se adaptar a sua nova realidade.
Ele precisa provar a comida das filhas e ver que é tão saborosa quanto a sua.
Ele não é mais aquele homem independente. É chegada a hora dele reconhecer que precisa dos filhos.
Ele deve agradecer pelos filhos que cuidam dele com paciência. Muitos filhos abandonam os pais em asilos.
A vida é o bem mais precioso, o único apego que devemos preservar e cuidar enquanto a temos.
O homem
se esquece que ninguém é dono de nada!
Você não é dono da sua casa, do seu carro, nem da roupa do seu corpo.
Se você morrer, já passa a ser de outro...Tudo aqui nos é emprestado.
(Callegari)
Grata pela visita,
Cidália.
Um texto emocionante, o texto nos faz refletir que precisamos da ajuda de alguém, que não podemos viver sozinho, bjs.
ResponderExcluirÉ verdade, Lucimar, obrigada.
ExcluirBeijos!
Uma grande verdade o fato de ser tudo emprestado, mas acredito que para quem teve uma vida ativa e sempre resolveu tudo, deve ser muito difícil depender dos outros.
ResponderExcluirNem fale, Andrea, com certeza!!
ExcluirObrigada, beijos!
oi!
ResponderExcluirEu adorei o texto e é uma ótima reflexão :) aqui na vida tudo é emprestado e passageiro..
Olá Joana,
ExcluirQue bom que gostou, obrigada!
Beijos.
Eu adorei a reflexão, ela nos faz lembrar o quanto é importante ter alguém e o quanto tudo por aqui acontece rápido demais. Beijos
ResponderExcluirFico feliz sabendo que gostou do texto, Julli.
ExcluirObrigada, beijos!
Oi, tudo bem? Interessante a reflexão. Conforme fui lendo imaginei quanto apego tenho a certas coisas. É muito comum querermos certas coisas apenas para "guardar" ou apreciar. E quando o assunto é desapegar se torna uma tarefa bem complicada. Eu mesma me apego muito fácil... a roupas, lugares, certas rotinas. Tudo é o significado que damos concorda? Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirOlá Érika, tudo bem!
ExcluirConcordo!! Confesso que também sou apegada a certas coisas.
Obrigada, um abraço!
As vezes a gente esquece como é viver, e quando a correria acaba se sente perdido, podemos lutar pelo que queremos, mas nunca deixar que isso se torne prioridade, porque a vida passa e não nos espera ... e lá se vão os momentos não vividos. Reflexão perfeita para nos fazer refletir ...
ResponderExcluirÉ a mais pura verdade, Minda.
ExcluirMuito obrigada, beijos!
Ótimo questionamento, a vida é muito passageira e devemos refletir sobre o que realmente importa em nossas vidas.
ResponderExcluirSem dúvida...
ExcluirObrigada pelo comentário, beijos!
Ótimo texto adorei eu não sou apegada a nada porque se apegar a bens materiais se não levamos nada desta vida
ResponderExcluirPois é, Cleuza!!
ExcluirObrigada pelo comentário, beijos!
Muito emocionante seu texto. Faz a gente refletir as vezes brigamos por tantas coisas bobas e no final poderia deixar ou aproveitar outras que deixa se passar.
ResponderExcluirVerdade, Luma!
ExcluirMuito obrigada pelo comentário, beijos.
Crônica nostálgica e escrita com maestria. A vida como ela é...
ResponderExcluirMuito obrigada, Vera, pelo elogio!
ExcluirBeijos!