-Vem almoçar comigo?
A foto da mesa arrumada é enviada juntamente com o convite pelo WhatsApp.
Para aquela mulher tudo é motivo de agradecimento.
No dia anterior ela foi receber e aproveitou para ir ao mercado. No sábado fez uma comida gostosa e convidou a amiga para almoçar com ela.
Morar sozinha não a desanima. Pelo contrário, ela gosta de pagar as suas contas, de falar ao telefone, de receber os familiares e os amigos, de cuidar das suas plantas, dos seus marrecos e de fazer guloseimas. Sempre tem alguma coisa gostosa no freezer ou na geladeira para oferecer às pessoas que vão visitá-la.
No calor dos dias atuais muitas vezes ela perde o sono e se levanta às 3h da madrugada. Senta-se na varanda e aprecia os ares mais frescos. Suas dores a incomodam bastante, porém não a impedem de fazer as coisas. Aos 83 anos de idade ela consegue até mesmo a arrumar a televisão seguindo as instruções do técnico pelo celular.
Enquanto essa senhora é uma inspiração para muita gente, uma outra pessoa bem mais nova, fez da sua casa seu refúgio, não arredando o pé na rua. Essa pessoa ia à igreja aos domingos, acompanhava o marido ao mercado ou saía para resolver alguma situação. Num determinado dia ela resolveu deixar tudo por conta do marido e dos filhos. Não sentiu mais vontade de passear na rua, de olhar as vitrines ou de jogar conversa fora ao encontrar alguma conhecida pelo caminho. Fechou-se no seu mundo. Sentiu-se incapaz. O desânimo tomou conta dela. Declarou que estava com labirintite, que tinha medo de cair na rua.
Curiosamente as duas personagens tem o mesmo nome.
Uma não se deixa abater por nada, possui uma fé inabalável.
A outra preferiu se recolher e passar os dias sem sair de casa.
Cada pessoa é como é.
Nem todo mundo tem a força e determinação da primeira personagem. Ela ainda mantém dentro de si uma jovialidade que nem o espelho mostra o contrário. Ela carrega no rosto um sorriso alegre que nem a dor que sente no corpo é capaz de escondê-lo.
Como seria se as duas personagens se encontrassem um dia? As duas mulheres de nomes iguais e ao mesmo tempo tão diferentes. A única coisa em comum é o nome.
Uma quer mostrar que ainda tem a mesma disposição de sempre, é ativa, corajosa, vaidosa…
A outra prefere se manter enclausurada. Cada pessoa é como é. Este não é um texto comparativo. É um texto reflexivo. Cada pessoa tem seu jeito de ser e de agir. Todas as pessoas merecem ser tratadas com respeito. Ninguém pode impor aos outros a sua vontade.
E assim caminha a humanidade.
Obrigada pela visita,
Cidália
Lindo texto , ninguém é igual acho que se todos fossem iguais não teria graça nosso mundo, eu gosto de ficar em casa gosto de ler e ver meus Doramas , de vez em quando gosto de passar fim de semana com minha irmã acho que sou feliz assim
ResponderExcluirConcordo com você, obrigada!! Bjs
ExcluirCada pessoa tem o seu jeito de ser, umas são mais abertas e outras mais fechadas, com certeza toda pessoa tem que ser tratada com respeito.
ResponderExcluirSem dúvida, Lucimar, obrigada!! Bjs
ExcluirOlá
ResponderExcluirEu adorei a reflexão :) cada pessoa é única isso é o que nos faz especial.
Verdade, Joana!! Obrigada, bjs.
ExcluirOi, tudo bem? Gostei muito da reflexão. Verdade, as pessoas são diferentes e cada uma age do seu jeito. Enquanto algumas ficam felizes com grandes reuniões, barulho, música, etc., outras preferem o silêncio, a tranquilidade, e estar consigo mesmas. Importante saber conviver com cada uma delas. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirQue texto lindo, ótimo para analisar como somos diferentes e único.
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