quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Sala de espera



 

Pacientemente, ela espera por ele do lado de fora. A sala de espera está cheia, o calor é muito, apenas um ventilador para refrescar o ambiente.

Enquanto espera, ela observa as pessoas ao seu redor.

Pacientes sentados em cadeira de rodas.
Pacientes que esperam ser chamados.
Pacientes que entram deitados em macas.
Pacientes que esperam pela ambulância.
Pacientes que descem de diferentes tipos de carros.
Acompanhantes e pacientes que olham o celular.
Crianças que brincam enquanto esperam seus pais.
Ela sente a dureza do banco de cimento. 
Ela olha o relógio.
Quanto tempo ele vai demorar para terminar a medicação?
Pacientes saem apoiados em muletas.
Funcionários usando jalecos brancos ou apenas com um crachá, dependurado no pescoço, passam por ela.
Ela observa um médico que chega cedo e começa a atender seus pacientes. 
Pacientes, impacientes, balançam as pernas, olham o relógio.
Ela observa e digita.
Ela digita e observa.
Entre aqueles que olham o celular, apenas uma pessoa lê um livro.
Ela pensa em se levantar. Precisa esticar as pernas.
Ela pensa em dar uma volta na cidade, porém o calor a deixa desanimada.
Ela caminha, então, pelas redondezas. 
Pacientes saem com um sorriso nos lábios apesar dos problemas que os afligem.
Cada paciente que por ali passa, carrega dentro de si sofrimentos inimagináveis.
De repente o cheiro de comida que sai do refeitório entra pelas suas narinas.
Funcionários saem para almoçar. 
A sala de espera vai ficando vazia. 
Ela olha a televisão ligada. 
Sua barriga começa a roncar.
Ela levanta os olhos e o vê saindo.
Ufa!
Os dois caminham em direção ao restaurante mais próximo.
Eles almoçam antes de voltar para casa.
Mais um dia vencido com a graça de Deus!

Obrigada pela visita,
Cidália

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

O sono

 


Ela se vira pra lá e pra cá, estica uma perna, depois a outra, encolhe as pernas, levanta os braços. Levanta-se, liga o ventilador, vai ao banheiro, volta para a cama, se cobre. O barulho do ventilador a incomoda, ela o desliga. Abre a janela. Olha o relógio. Começa a fazer a contagem regressiva a partir de 1000. Respira profundamente. Volta a olhar o relógio. Procura novas posições. A hora passa e ela continua à espera do sono. Não tem como tomar um copo de leite, precisa ficar em jejum para fazer um exame de sangue na manhã seguinte.

Então, ela se levanta e muda para o outro quarto. Deita-se e rola pra lá e pra cá esperando encontrar a melhor posição. Olha o relógio. Ela precisa dormir. A falta do sono é prejudicial à saúde.

Enfim, após muita briga, o sono chega. Ela acorda com o toque do celular. É hora de levantar-se. A vontade de permanecer mais um pouquinho é grande, mas a preocupação de perder a hora é maior.

Após o almoço ela deita-se no sofá com o ventilador ligado e dorme meia hora. Ela espera que a noite seja melhor que a anterior.

Dizem que a pessoa idosa dorme muito, basta sentar-se e já está dormindo. Sinceramente, penso que acontece isso, porque o idoso dorme pouco durante a noite.

Ficar dependente de medicamentos para dormir não é algo que ela queira, então vai procurar outras formas de se conectar com o sono. Talvez começar a ler algum livro a ajude, quem sabe?

Sentada, assistindo um filme ou seriado, ela cochila, a cabeça pende. O sono é uma coisa interessante, quando ela quer ficar acordada ele aparece.

Certamente muitas pessoas sentem dificuldades para dormir. O que fazer quando o sono sumir?

Isso acontece com você?

O que você faz para ter um sono de qualidade?

Fazer uso de medicamentos é a solução?

Um chá de camomila ou um copo de leite é a melhor opção? Uma amiga disse que quando perde o sono, ela toma um copo de leite com farinha de milho. Será que funciona?

 

 O sono ideal deve ser reparador, sem interrupções, e a quantidade de horas necessárias depende da idade. (Frase copiada da internet)

 

Obrigada pela  visita,

Cidália.