Pacientemente, ela espera por ele do lado de fora. A sala de espera está cheia, o calor é muito, apenas um ventilador para refrescar o ambiente.
Enquanto espera, ela observa as pessoas ao seu redor.
Pacientes que esperam ser chamados.
Pacientes que entram deitados em macas.
Pacientes que esperam pela ambulância.
Pacientes que descem de diferentes tipos de carros.
Acompanhantes e pacientes que olham o celular.
Crianças que brincam enquanto esperam seus pais.
Ela sente a dureza do banco de cimento.
Quanto tempo ele vai demorar para terminar a medicação?
Pacientes saem apoiados em muletas.
Funcionários usando jalecos brancos ou apenas com um crachá, dependurado no pescoço, passam por ela.
Pacientes, impacientes, balançam as pernas, olham o relógio.
Ela observa e digita.
Ela digita e observa.
Ela pensa em se levantar. Precisa esticar as pernas.
Pacientes saem com um sorriso nos lábios apesar dos problemas que os afligem.
Cada paciente que por ali passa, carrega dentro de si sofrimentos inimagináveis.
De repente o cheiro de comida que sai do refeitório entra pelas suas narinas.