quarta-feira, 24 de abril de 2024

Maldade




A maldade sempre existiu e sempre existirá, infelizmente!

Antes das redes sociais a gente ficava sabendo das atrocidades através dos noticiários pela televisão ou jornais (lidos por poucos). Em nossa cidade sabíamos do ocorrido através dos falatórios.

Hoje em dia, por causa das redes sociais, ficamos a par das notícias diariamente. O roubo de um carro, tão comum na cidade grande, é aterrorizante numa cidade pacata. Compartilhado, em pouco tempo todos ficam sabendo.

Porém, entre todas as maldades cometidas nesse mundo, seja um crime de pedofilia, um assassinato, uma bala perdida, tráfico humano e por aí afora, na semana passada duas atrocidades chocaram as pessoas. Uma, foi o caso da sobrinha que tentou fazer empréstimos num Banco usando o tio morto. O outro caso, foi do menino que sofria bullying na escola e morreu devido ao espancamento cometido por colegas da escola. Na época em que eu trabalhava cheguei a ver algumas brigas entre os alunos, mas nunca uma briga que chegasse a machucar gravemente uma das partes envolvidas.

Sabemos que existem muitas pessoas más, adultos que fazem bullying com crianças, que as ofendem com palavras e xingamentos.

Sabemos que existem crianças maldosas, principalmente, adolescentes, que se acham superiores e gostam de humilhar as crianças indefesas. Mas, chegar ao ponto de machucar uma criança e causar a sua morte?

Nos filmes violentos vimos barbaridades causadas por pessoas de má índole. Nos telejornais as notícias são alarmantes e preferimos fechar os olhos ou mudar de canal. Muitas vezes, deixamos de assistir o noticiário para não sabermos o que acontece no dia a dia. Muitas vezes, escolhemos viver num mundo de faz de conta onde não existe maldade. Muitas vezes, preferimos fugir da realidade.

O que acontece com os indivíduos maldosos? Esperamos pela justiça divina?

O menino já havia se queixado ao pai sobre o bullying, segundo às notícias. O pai já tinha conversado com o diretor da escola. Para o diretor, era uma briga entre crianças e elas se resolveriam. Como poderiam se resolver se era um contra dois ou mais moleques?

Infelizmente, a maldade está dentro de muitas pessoas. Por qualquer coisa, pessoas matam, como se a vida não tivesse nenhum significado. Não dá para acreditar e confiar em qualquer um, dá medo de sair de casa, dá medo de mandar as crianças para a escola.

Por outro lado, o que o diretor poderia ter feito quando foi procurado pelo pai? Poderia ter chamado os pais das crianças para conversar, mas isso teria resolvido?  Muitos pais passam a mão na cabeça do filho, ficam contra a escola.

Só mesmo Deus para nos proteger e livrar da maldade deste mundo!

Haverá um dia em que as pessoas poderão ter sossego? 

Um dia em o amor reinará no coração das pessoas?


Obrigada pela visita,

Cidália.

 

 

 

 

 


quarta-feira, 17 de abril de 2024

Amor de redenção

 


Filmes e séries assistidos em 2024

 

A grande ilusão 

Combinação perfeita 

Vidas à deriva

Criminosos de novembro 

Paraíso 

Gaiola mental

Griselda (série)

Tempo

Um caso de detetive 

Meu eterno talvez 

A favorita 

Noite que abalou o POP

Alarme de incêndio 

Uma boa pessoa 

O lagosta 

Amores verdadeiros (2023)

Amor esquecido (2023)

O turista (série)

Upgrade: as cores do amor 

Um dia (série) 

Meu querido (não consegui terminar)

Hypnotic arma invisível 

Uma família extraordinária (história real)

Paraíso 

Cinzas

Uma linda vida

Vocês não me conhecem 

Do outro lado da dor

A Sociedade da neve 

Barbie

A morte e seus mistérios (inacabado / série)

Stillwater em busca da verdade 

A casa (não recomendo)

Golda, a mulher de uma nação 

À procura (muito bom)

Sociedade Literária e a torta de casca de batata (amei)

Minha mãe é uma viagem (assisti 2 x)

Camaleões (assisti 2x)

O amor mandou mensagem 

Crime imperfeito 

Cinco chances para ser feliz 

Nos vemos em Vênus 

Encaixe perfeito 

Olá, adeus e tudo mais 

Belo desastre 

Jogadas de amor

Amor em Soweto

O abismo

O amante de lady Chatterle

Dentro (filme besta)

A outra Zoey

Extraordinário amor 

Viver duas vezes (alzhaimer)

Afthersun

Dinheiro fácil 

Crescendo juntas

Um pequeno favor 

Entrevias (série)

Sem rastro 

Meu nome é Loh Kiwan (maravilhoso)

A saudade que fica

Ammonite 

Querida Alice

O preço do amanhã 

Amor à primeira vista 

Anna, o perigo tem nome 

Você 

O clube dos milagres 

Perdona amor (diferença de idade entre o casal)

Rogai por nós (blasfêmia)

As primeiras histórias de amor 

Donzela

A arte de amar 

Bom dia, Verônica 

Cartas para Deus 

Tempestade intensa

A última casa

Sem pressão 

Todos menos você 

Com todo o meu amor 

A filha do Rei do Pântano 

Vigiada

O Vale do amor 

Descanse em paz 

Desaparecida (faz parte de uma trilogia)

Presságio (mas não tem muita coisa em comum entre os filmes)

Retorno (a não ser o fato da protagonista citar a amiga que perdeu no primeiro filme, achei que deixou de citar algumas coisas como por exemplo quem é o pai do filho dela)

Oppenheimer

O fabricante de lágrimas (lindo)

Homem irracional 

Ex- Machina 

Entre irmãs (minissérie)

Desejo inconcebível 

Amor de redenção (lindo)

O que Jenniffer fez? (Documentário)

Uma parede entre nós 

Noite de Verão (Minissérie)

Fallout(série)

 

Em três meses e meio a lista de filmes e séries está enorme, alguns assistidos com a minha irmã e outros assistidos somente por mim. Histórias marcantes, histórias interessantes e outras com um final sem graça. Têm aqueles que foram adiantados por terem cenas muito lentas, costumo dizer que são filmes que dão sono.

Confesso que quando se trata de séries prefiro àquelas que têm os episódios mais curtos. Já assisti séries com episódios longos, mas penso que ao invés de ver uma série longa com episódios longos, posso assistir muitos filmes.

Acompanho alguns perfis no Instagram que indicam filmes e séries. Salvo todas as recomendações. Acompanho, também, as dicas que aparecem nos grupos do Facebook. Ainda conto com sugestões de uma sobrinha. Já assisti três filmes que concorreram ao Oscar com histórias interessantes.

Recentemente, assisti um filme maravilhoso, um daqueles filmes que ficam em nossas memórias por muito tempo. Sim, tem filme que cai no esquecimento, que passado um tempo nem lembro mais se o assisti. Porém, o filme, Amor de redenção, conta a triste trajetória de vida da protagonista e mostra o que o amor e a fé fazem com a pessoa. Só mesmo assistindo o filme para entender melhor o que estou querendo dizer. No final acabei com os olhos marejados.

sinopse

O relacionamento de um jovem casal se choca com as duras realidades da Corrida do Ouro na Califórnia de 1850. Angel, experimentando o amor pela primeira vez e enfrentando demônios que parecem insuperáveis, foge da nova vida que ela acha que não merece. No entanto, durante a busca de Michael pela sua amada, Angel descobre que ela tem o poder de escolher a vida que quer.

Se você assistiu alguns desses filmes e quiser dar a sua opinião, fica à vontade, obrigada.

 

Um abraço, Cidália.

 


 

 

 


sexta-feira, 1 de março de 2024

Sessão nostalgia

 






Lá vão as duas irmãs pela rua da pequena cidade. 

Pessoas vão e vem, aproveitando a tarde amena.

Ao passar pela rua onde morou por mais de sessenta anos, a irmã mais velha sente saudade.

Saudade da casa onde morou, onde criou seus filhos, onde se despediu dos seus pais, do seu irmão, de um netinho. Onde passou por momentos difíceis como enchentes e por momentos felizes como os churrascos em datas importantes. Através da pequena abertura que há no portão da velha casa, ela vê a sujeira ao redor e pensa que ali naquele quintal seus familiares tomaram banho de chuva e de mangueira para se refrescarem nos dias quentes. Aquele quintal foi a varanda para os bate papos nas tardes tranquilas. Para ela estar ali lembrando dos momentos bons era como revisitar uma parte feliz que mora nela. Enquanto as duas irmãs caminhavam a mais velha ia relembrando dos antigos moradores. Algumas casas foram destruídas. Outras estão velhas ou abandonadas.

Ah, que saudade de quando podia receber as suas visitas, de conversar com os conhecidos que por ali passavam e paravam no seu portão ou adentravam.

Saudade de ir até o mercado, padaria ou sacolão que ficam bem perto.

Saudade até mesmo do barulho da rua nas noites de finais de semana.

A sua antiga casa ainda continua lá, solitária, sem ecoar o som das vozes ou das risadas. 

A sua antiga casa continua lá, sem testemunhar o choro nos momentos de melancolia.

A sua antiga casa continua lá, abrigando os insetos.

Quem nela fará morada?

Será ela derrubada?

As lembranças de tudo que ela viveu e vivenciou naquela casa, naquela rua, estarão sempre guardadas na sua memória e no seu coração.

As lembranças ruins serviram de aprendizado.

Muitos vizinhos também abandonaram aquela rua.

Mas, outros, ainda continuam lá.

A sua casa era velha, porém, era a sua casa, o seu lar, ela sentia prazer de limpar e arrumar. Outro prazer era fazer alguma comida e chamar os familiares para comer. Podia receber os amigos a qualquer momento para tomar um café e jogar conversa fora.

A lembrança mais remota foi da época em que ali não existia uma rua, era somente um caminho ladeado por goiabeiras e outras árvores. A sua casa foi a segunda naquela localidade. Ali nasceram dois dos seus quatro filhos. A roupa era lavada no rio de água limpa e cristalina. O rio, onde não só eram lavadas roupas, mas era possível tomar banho e até mesmo pescar de vez em quando. No seu quintal havia uma ameixeira e um chapéu de sol, que sombreava um banco onde as crianças se sentavam para brincar. Com o passar do tempo a rua foi aberta e ganhou novos moradores, novos vizinhos. Muita gente passou por ali, alguns deixaram saudades. De alguns ela lembra dos nomes, outros ela lembra de fatos marcantes. A música que um dos vizinhos cantava ela lembra de cor.

Meu romance (Orlando Silva)

Embaixo daquela jaqueira

Que fica lá do alto majestosa

De onde se avista a turma da Mangueira

Quando se engalana com suas pastoras formosas

Ai, foi lá, quem é que disse?

Que o nosso amor nasceu

Na tarde daquele memorável samba

Eu me lembro, tu estavas de sandália

Com o teu vestido de malha

No meio daqueles bambas

Nossos olhares cruzaram

E eu para te fazer a vontade

Tirei fora o colarinho

Passei a ser malandrinho

Nunca mais fui a cidade

Pra gozar o teu carinho na tranquilidade

E hoje faço parte da turma

No braço eu trago sempre o paletó

Um lenço amarrado no pescoço

Eu já me sinto um outro moço

Com o meu chinelo charló

E até faço valentia

Retiro samba de harmonia

Fonte: Musixmatch


A rua era tranquila, as crianças podiam brincar sozinhas sem medo. Mais tarde o comércio chegou ali. No início era apenas um armazém, com o passar dos anos seu pai abriu um estabelecimento pequeno e havia, na frente da sua casa, um sacolão.

Ali, naquela casa, ela passou a maior parte da sua vida. Vivenciou muitas coisas, teve um relacionamento longo com o seu companheiro, foi feliz.

Das árvores que ladeavam a rua antigamente permaneceu uma mangueira, que resiste ao tempo com toda a sua imponência.


Há um estacionamento quase em frente da sua antiga casa. Ali, ela e o filho se sentavam sobre a mureta para papear ou ver o bisneto brincar. Quando os familiares a visitavam era naquele espaço que gostavam de ficar conversando nos dias calorosos.

Aquele rio de água limpa e cristalina passou por muitas enchentes, enchentes grandes que quase cobriram a casa de seus pais e parte da sua e enchentes menores, que se aproximaram da rua. Atualmente a água é suja e poluída. Os peixes morreram. O rio só enche nos períodos de muita chuva, mas não alcança mais a sua antiga casa.

Hoje ela não é mais dona de uma casa, ela é dona apenas de uma suíte.

A casa onde mora é de um dos seus filhos.

Ela é amada, muito bem tratada, mas sente falta da sua casa, da sua independência. Assim é a vida, chega uma hora em que a pessoa se dá conta de que não é mais dona de nada a não ser das suas lembranças.


Obrigada pela visita,

Cidália.