Dona Lúcia, por sua vez, vivia às voltas do caso. Tentava obter as informações com seu conhecido, funcionário da delegacia. Se seu Joaquim era inocente e a arma encontrada em sua casa não matara o jovem, então por quê, d. Gertrudes dera a entender que escondera algo na casa dele?
A polícia continua a investigação e descobre após o depoimento do casal, Luiz e Célia, o envolvimento do Elias no tráfico de drogas. O casal conhece-o como José, porém, através do retrato falado, a verdadeira identidade dele é descoberta. A hipótese dele ser o assassino ou mandante do assassinato é levantada.
Não demora muito para descobrirem seu paradeiro. Ele é trazido de volta, dessa vez, escoltado pela polícia.
Em seu depoimento, alega que tinha viajado porque temia que seu envolvimento com o casal viesse à tona. Confessou que pensou em acabar com a vida do rival, mas não matando-o. Queria que ele se afundasse mais e mais no vício e que acabasse tendo uma overdose. Assim não sujaria suas mãos apertando o gatilho. Seu crime era o tráfico, era culpado e pagaria por isso. Sabia que seu advogado o defenderia e ele não ficaria muito tempo na penitenciária. Por mais que amasse a Eloísa não mataria por ela. Até cogitou a ideia de pagar alguém para fazer o serviço, por fim acabou desistindo. Não pretendia carregar aquela culpa. Seria melhor se Roberto acabasse com a própria vida.
O caso estava se tornando complicado. Quando a polícia pensava que tinha uma nova pista sobre o assassino, se deparava com as faltas de evidências para incriminá-lo. Ficaria esse crime sem solução como tantos outros por este mundo a fora? D. Lúcia estava desesperada. A desconfiança entre a vizinhança era assustadora. Se o assassino não era o Elias, provavelmente, era algum morador do bairro. Ela pensara na Gertrudes, depois de ter ouvido a conversa dela com o marido, porém, a arma do crime não era aquela encontrada na casa do seu Joaquim. Resolveu, então, agir novamente, por sua conta.
Numa manhã de domingo, aproveitando a tranquilidade da rua, ela levantou antes do marido e deu um jeito de entrar na casa ao lado, onde o crime aconteceu. Conseguiu arrombar a porta dos fundos. Já tinha assistido alguns filmes e aprendera os macetes. A polícia já havia revistado todos os cômodos. Por onde começaria? Será que a polícia deixara passar algum canto sem a devida revista? De repente, pensou nas crianças que dormiam tranquilamente, enquanto o crime acontecia na sala. Ela estava a par de todas as informações.
Foi olhando tudo a sua volta até que descobriu o quarto das crianças. Usando luvas como da outra vez, revirou os armários, debaixo dos colchões e a prateleira de brinquedos. E lá, no fundo de uma caixa, entre alguns joguinhos, estava uma arma parecida com aquela encontrada na casa do seu Joaquim. Certamente a polícia não procurou direito. Era o lugar menos provável da casa. As crianças estavam dormindo, quem entrou ali para esconder a arma, foi rápido e eficiente.
A arma era idêntica a outra. O que a diferenciava? Bom, ela não entendia nada de armas. Deixaria por conta da polícia. Saiu dali e foi para casa pensando no que faria. Passou o resto do dia com a cabeça nas nuvens. Ainda bem que seu marido era distraído e não percebeu seu comportamento.
No dia seguinte, pela manhã, foi ao orelhão. Ligou para seu conhecido, aquele que trabalha na delegacia e contou a ele o que tinha feito.
- Alô, tudo bem? Preciso te contar uma coisa, mas quero que ouça com atenção e não pronuncie meu nome. Ontem, acordei pensando na morte daquele rapaz e, tive a ideia de dar uma olhada no local do crime. Consegui entrar na casa e vasculhei os cômodos. Sei que a polícia já fez isso, porém, pensei que poderia ter deixado escapar algum detalhe. Pois bem, encontrei um revólver dentro de uma caixa de brinquedos no quarto das crianças. E não é de brincadeira.
- Entendi e agradeço pela informação. Não se preocupe, manterei sigilo sobre esta conversa.
D. Lúcia sentiu-se aliviada. Certamente em breve a polícia resolveria aquele caso e a paz reinaria novamente no seu bairro e principalmente, na sua rua. Antes de voltar para casa foi dar uma caminhada pelo quarteirão, enquanto pensava na sua descoberta. A cena do crime passava pela sua mente. Imaginava o assassino saindo sorrateiramente da sala, após o tiro, e indo esconder a arma no quarto das crianças que dormiam como anjos. Em seguida ele volta para sala e ninguém percebe seus movimentos. Os convidados estão abalados, em estado de choque, com aquele corpo caído no chão. Ele age naturalmente e quando a polícia chega, atendendo a denúncia anônima, não desconfia que o criminoso está ali na sala.
Passando em frente à casa do seu Joaquim, d. Lúcia ouve um gemido e bate na porta. O vizinho, moribundo, consegue chegar à porta e assim que a abre, cai desfalecido. D. Lúcia corre e grita pelo marido que estava na área da frente, esperando por ela.
Será que d. Lúcia e o marido conseguirão salvar o pobre homem?
Aguarde o próximo capítulo para saber mais detalhes sobre a história!!
Seu comentário é muito importante para mim.
Obrigada pela visita!
Um abraço,
Cidália.
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