Seu fiel companheiro, eu a acompanhava em todas as ocasiões.
Em nenhuma hipótese saía da sua bolsa.
Quando ela sentia que precisa de um retoque eu estava lá para colorir seus lábios.
A acompanhei durante seus estudos, seu trabalho, suas viagens.
No banheiro tinham outros de outras cores. Cores discretas.
Teve uma época em que o vermelho foi seu xodó, porém depois passou a preferir os tons menos chamativos.
Desde a sua adolescência fui seu item preferido da maquiagem.
Sinto falta dos seus lábios.
Faz mais de um ano em que ela raramente sai de casa e quando sai a boca está encoberta. Deixei de ser o item mais importante no seu dia a dia. Me tornei desnecessário. Fiquei esquecido num canto da bolsa. No banheiro perdi meu lugar de destaque. Perdi a validade e não fui mais substituído. A máscara passou a ser o seu acessório mais importante.
Sinto-me abandonado, esquecido, solitário.
Quero voltar a colorir e dar brilho aos seus lábios.
Quero seguir ao seu lado para realçar seus lábios envoltos pelas linhas de expressão.
Porém, enquanto ela prioriza a máscara que lhe dá proteção terei que continuar bem quietinho no fundo da bolsa ou no banheiro.
Sei que quando tudo isso passar ela vai se lembrar de mim, vai me querer de volta.
Voltarei a ser seu grande companheiro. A seguirei por onde for.
Academia, mercado, passeios ou uma simples caminhada.
Não me sentirei mais solitário, abandonado, esquecido.
Obrigada pela visita,
Cidália.
Nossa, desde que a pandemia começou posso contar nos dedos quantas vezes passei batom.
ResponderExcluirSerá até estranho voltar com esse hábito quando tudo passar. Adorei o post 😘
Obrigada pelo comentário, fico contente sabendo que você gostou do texto.
ExcluirBeijos!
Engraçado que comigo é precisamente o contrário. Com a pandemia comecei a arriscar mais nas cores de batom . Como está a maior parte das vezes tapado não me sinto tão desconfortável em usar cores mais chamativas. A ideia é quando a máscara sair já não me fazer diferença 😊
ResponderExcluirQue legal!! Uma boa ideia, gostei!
ExcluirObrigada pelo comentário.
Beijos!
Oi Cidália, tudo bem?
ResponderExcluirFoi assim comigo também, teve uma época que o vermelho era febre, depois passei para os tons mais clarinhos e discretos. Hoje prefiro só um brilho. Muito legal o seu texto, ficou ótimo!
beijinhos.
cila.
Olá, Cila, tudo bem!!
ExcluirFico feliz sabendo que você gostou do texto, obrigada!
Beijinhos!
Nesse momento de pandemia a maquiagem pra algumas mulheres ficou de lado, sou apaixonada por um batom principalmente pelos tons mais suaves, mais gosto de um vermelho também, mesmo na pandemia não esqueço de levar o meu batom na bolsa, bjs.
ResponderExcluirÉ isso aí, Lucimar!!
ExcluirMuito obrigada pelo comentário.
Beijos!
Nossa, adorei seu post "O batom". Eu particularmente amo e não vivo sem. Confesso que desde a pandemia eu não passei mais batom, porque estou em casa o tempo todo, mas não deixo de gostar. Parabens e obrigada por compartilhar
ResponderExcluirQue bom que você gostou do texto, Elizabeth!!
ExcluirMuito obrigada pelo comentário!
Beijos!
Oi
ResponderExcluirEu com essa pandemia deixei de lado a vaidade, ando tão preocupada e desanimada que não uso batom faz tempo.. Mas adoro batons com vermelho bem forte .
Olá Joana,
ExcluirNem fale! Tomara que logo possamos voltar à normalidade.
Obrigada, beijos!
Deixei minha vaidade de lado na pandemia, estamos passando por tempos tão incertos. Torcendo para que tudo passe logo. Amo batom vermelho de preferência matte! Amei seu texto! Beijos
ResponderExcluirÉ verdade, Julli, assim seja!!
ExcluirFico feliz sabendo que gostou do texto.
Obrigada, beijos!
AHHHH que texto lindo. E a empatia que eu tive com o batom? É bem assim mesmo. Vc é muito boa para escrever e tem uma sensibilidade sem igual.! amei o texto do batom!
ResponderExcluirEstou me sentindo lisonjeada com seu comentário, Vany!!
ExcluirObrigada, beijos!
Tudo faz sentido na vida. Na era da Segunda Guerra Mundial, uma sociedade patriarcal onde as mulheres eram desprezadas se usassem batom, já que era usado apenas por mulheres sem moral. Hoje, se usarem batom sem se proteger com máscara, já serão vistos, sem moral e sem amor-próprio.
ResponderExcluirÉ uma mistura de situações que tem um pouco de algo do passado que nos atormenta novamente, para que possamos nos lembrar de nos reinventar ...
É bem assim, Lenny. Seu comentário complementou meu texto, obrigada pela sua contribuição!
ExcluirBeijos!
Desde que começou essa pandemia quando raramente saio de casa é com máscara o batom ficou esquecido no banheiro que saudade .amei o texto parabéns
ResponderExcluirQue bom que gostou do texto, Cleuza, obrigada!
ExcluirBeijos!
Olá?
ResponderExcluireu não saio de casa sem um batom, mas nessa pandemia com as mascaras nem uso para não "gastar"...mas eu uso ate dentro de casa quando um pouco de vontade kkkkkkkkkk não, não Mr. batom você não esta esquecido :(
Olá Laysla!
ExcluirObrigada pelo comentário, beijos!
Essa crônica me tocou profundamente, pois o batom para mim sempre foi imprescindível. Não sou de grandes makes. Mas tenho o hábito do batom; nunca saio sem e retoco o tempo todo. Então a falta do batom virou uma metáfora de tristeza da pandemia...
ResponderExcluirÉ verdade Vera, você resumiu perfeitamente.
ExcluirQue bom que esta crônica te tocou, obrigada!!
Beijos!