Era uma vez, num passado bem distante, numa rua de terra
batida, duas meninas, a tia e a sobrinha que se davam muito bem. A tia era um
ano e oito meses mais velha e eram grandes companheiras nas brincadeiras. Pareciam duas irmãs, inseparáveis. Quando
não estavam brincando, com as outras crianças da vizinhança, brincavam sozinhas.
Tempo bom, da família reunida na cozinha de fogão à lenha, nas noites frias de inverno! Ouvir músicas cantadas e tocadas pelo casal de irmãos e histórias do avô eram os melhores passatempos. Tudo era motivo de alegria.
A brincadeira favorita das duas, Lia e Mara, era brincar de casinha. Certo dia, elas resolveram fazer o batizado de uma boneca que era a "filha" da Mara. Aprontaram tudo no quintal e realizaram o batismo como se fosse real. Levaram tão a sério que começaram a se tratar como comadres. Como a palavra comadre era grande, para aquelas duas menininhas, tiraram a primeira sílaba da palavra. Desde então, era “madre” Lia para lá e “madre” Mara para cá.
Tempo bom, da família reunida na cozinha de fogão à lenha, nas noites frias de inverno! Ouvir músicas cantadas e tocadas pelo casal de irmãos e histórias do avô eram os melhores passatempos. Tudo era motivo de alegria.
A brincadeira favorita das duas, Lia e Mara, era brincar de casinha. Certo dia, elas resolveram fazer o batizado de uma boneca que era a "filha" da Mara. Aprontaram tudo no quintal e realizaram o batismo como se fosse real. Levaram tão a sério que começaram a se tratar como comadres. Como a palavra comadre era grande, para aquelas duas menininhas, tiraram a primeira sílaba da palavra. Desde então, era “madre” Lia para lá e “madre” Mara para cá.
Como era bom ser criança, brincar sem culpa de estar errando,
sentindo a felicidade do momento vivido!
Tudo corria às mil maravilhas, até o dia em que a boneca
morreu. Sim, a pobrezinha da boneca, "filha" da Mara, fechou os olhos para sempre e as comadres
quiseram fazer o enterro. Lia pegou uma foice, uma ferramenta, que não sabem
como, os pais deixaram ao alcance delas. Um grande descuido, pois, ao usar a
foice para cavar o buraco onde enterrariam a boneca, Lia quase decepou um dedo
da sua madre Mara.
Para sorte delas, Mara foi socorrida pelo pai que acabara de
chegar do trabalho. Depois de medicada, curativo feito, continuou a brincar.
Nada as abalava, nem mesmo a quase perda de um dedo.
Quando a madrinha da Lia pediu para ela escolher, entre um par de brincos e uma boneca, ela não pensou duas vezes. Escolheu a boneca, pois, seu pai não tinha condições de comprar brinquedos.
Quando a madrinha da Lia pediu para ela escolher, entre um par de brincos e uma boneca, ela não pensou duas vezes. Escolheu a boneca, pois, seu pai não tinha condições de comprar brinquedos.
Naquela época, a imaginação corria solta, uma árvore se
transformava num prédio e cada galho era um apartamento. As brincadeiras de roda,
na rua, reuniam a criançada, as moças e até mesmo a mãe da Mara, irmã da Lia,
que era uma jovem senhora.
Eram tantas brincadeiras, jogo de pedrinhas, telefone sem
fio, gosta desse, pular corda, entre outras. E os banhos no rio, como eram bons!
Não faltavam, também, as peças de teatro que encenavam na área
da casa, com direito a pipoca e tudo; fora os parques e circos que apareciam
sempre na pequena cidade.
A amizade entre as duas era feita de muita cumplicidade, amor
e momentos inesquecíveis. Uma era confidente da outra. Quando Lia começou a
paquerar, Mara segurava vela.
Frequentavam os bailinhos de garagem, carnaval, onde
improvisavam as fantasias e iam juntas à escola. Sempre unidas! Gostavam de
andar na garupa da bicicleta com os amigos da rua e os primos.
Mas, um dia, Mara começou a namorar, ficou noiva e acabou
engravidando. Deu a luz a uma menina linda!
Tornou-se mãe, muito jovem, e como num passe de mágica estava vivendo a brincadeira de casinha na vida real. Momentos de alegria que só a maternidade poderia oferecer. Sua vida tomou um novo rumo.
Tornou-se mãe, muito jovem, e como num passe de mágica estava vivendo a brincadeira de casinha na vida real. Momentos de alegria que só a maternidade poderia oferecer. Sua vida tomou um novo rumo.
Lia namorava e depois de algum tempo se casou. Como o destino
das duas já estava traçado, ela e o marido batizaram a filha da Mara.
Um dia especial na vida de ambas, pois além do laço de sangue que as unia, se tornaram comadres como nos tempos de criança. Felicidade completa!
A amizade entre elas sempre foi de muita simplicidade, no jeito carinhoso de se respeitarem. Um amor sincero que só deu bons exemplos.
Ainda hoje, quando se encontram é só alegria, risos e mais risos. Vivem uma história de amor, brincadeiras e emoções fortes. Fazem tudo valer a pena.
Um dia especial na vida de ambas, pois além do laço de sangue que as unia, se tornaram comadres como nos tempos de criança. Felicidade completa!
A amizade entre elas sempre foi de muita simplicidade, no jeito carinhoso de se respeitarem. Um amor sincero que só deu bons exemplos.
Ainda hoje, quando se encontram é só alegria, risos e mais risos. Vivem uma história de amor, brincadeiras e emoções fortes. Fazem tudo valer a pena.
Colaboração de L.T.A.
Estou apaixonada por essa historia de uma grande amizade pura e verdadeira ,adorei .
ResponderExcluirObrigada, nada melhor do que uma amizade assim, onde predominam o amor e a alegria. Beijos, Cleuza!
ExcluirBrincadeira de criança, como é bom, como é bom! Cidália, parabéns por esta linda história, viajei nas minhas lembranças de infância. Continue assim e chegará ao topo!! Amei! Beijos e obrigada por me proporcionar momento de voltar no tempo.
ResponderExcluirTânia, é realmente muito bom poder voltar no tempo e relembrar os bons momentos! Principalmente, a infância tão repleta de inocência e de brincadeiras, hoje, desconhecidas pela maioria das crianças. Obrigada, beijos!
ExcluirNa simplicidade da escritora reside o encanto de seus contos.
ResponderExcluirObrigada, querida! Fico feliz em saber que está gostando dos meus contos. Bjs!
ExcluirHoje em dia é tão difícil de ter uma amizade tão puro, sincero e lindo desde a infância. Realmente as duas tem muita história para contar!!
ResponderExcluirAdorei a história.
Bjs
Pois é, e uma amizade verdadeira é para a vida toda.
ExcluirSuper obrigada!
Beijos
Amo seus contos. Sempre me levam a reflexões.
ResponderExcluirOba, fico muito feliz!!
ExcluirBeijos
Fico pensando como será daqui em diante sabe? Se agora já é difícil ter amizades verdadeiras com o tempo vai piorar? Será que quando eu tiver filhos eles não vão ter aquele amigo que cresceram juntos? Me pego pensando nisso as vezes. Ci, arrasou mais uma vez, adoro vir aqui no final do dia para ler um conto novo. Beijão
ResponderExcluirNem fale, mas vamos torcer que não piore! Tomara que quando você tiver seus filhos, eles possam ter amigos verdadeiros.
ExcluirObrigada, Dani, beijão!
Amizades assim são o que fazem da vida mais bonita cheias de historias. Beijão
ResponderExcluirVerdade, Luma! A amizade é um sentimento puro e verdadeiro. Quem tem um amigo, tem um irmão!
ExcluirObrigada, beijos.
Adoro contos e os seus são cheios de vida. Beijos!
ResponderExcluirOba, obrigada,Jéssica!
ExcluirBeijos.
Adorei o conto Cidalia, mostra tanta inocência. Uma amizade verdadeira, simples, sem interesse. Como é difícil hoje em dia isso.
ResponderExcluirObrigada, Mari! Sim, uma amizade com muitas histórias para contar. Pura e duradoura!
ExcluirBeijos.
bela história,um exemplo de amizade sincera e duradoura,um tesouro que devemos guardar.bjus.
ResponderExcluirMuito obrigada, Tânia, pelo comentário!
ExcluirBeijos!
Ter uma amizade verdadeira é precioso para a pessoa, vale muito, amizades assim precisam ser cuidada, lindo texto sobre a amizade bjs.
ResponderExcluirObrigada, Lucimar, pelo comentário!!
ExcluirBeijos!
Que bonito, é tão bom ter uma amizade verdadeira, que ultrapassa o tempo e segue forte por toda a vida. A história de Lia e Mara é um exemplo de companheirismo e cumplicidade, sentimentos tão raros nos dias de hoje.
ResponderExcluirÉ verdade, Patrícia, muito obrigada!
ExcluirBeijos!
Amo histórias sobre amizade!! Amei conhecer essa e lembrar dos tempos da infância. Bom que essa amizade seguiu até os tempos adultos também💙💙💙
ResponderExcluirBjus!😘
Paloma Viricio 🍃
Que legal, Paloma!!
ExcluirMuito obrigada, beijos!
Olá Cidalia!
ResponderExcluirQue linda historia de amizade sincera, hj isso não existe mais, mas que tem, tem q guardar no fundo do coração e valorizar.. Adorei a resenha e a sua historia.. bjs e sucesso!
Olá Karina!!
ExcluirPois é, infelizmente, amizades assim são raras hoje em dia.
Obrigada, beijos!
Amizades que tem como ponto forte o amor e a sinceridade! Algo que todos queremos sempre. Muito bom Cidália!
ResponderExcluirSim, Vanny, é verdade.
ExcluirObrigada, beijos!
Ai querida que historia linda de amor, amizade, fiquei encantada! parabéns querida, obrigada por compartilhar historia linda de mais! amo vir aqui! beijinhossssss
ResponderExcluirSeu comentário me deixou muito feliz, obrigada!
ExcluirBeijos!
Olá,
ResponderExcluirQue história maravilhosa, simplesmente amei. É bom ler algo assim, que retrata uma amizade bela e duradoura, como muitas não são hoje em dia, infelizmente. A todo momento fiquei desejando mais, pois tem um gostinho delicioso. Arrasou!
Beijos!
Aaaah eu valorizo muito uma boa amizade sabe? Daquelas que é pra vida toda! Hoje em dia está difícil encontrar não é? Adorei seu texto e sigo torcendo pra que a gente só encontre pessoa boas em nosso caminho!
ResponderExcluirOi, tudo bem? Que história mais linda. O que dizer sobre amizades? Algumas apesar do tempo são eternas. Mesmo estando longe nos sentimos em sintonia com algumas pessoas. Engraçado que pode passar o tempo que for aquela pessoa sempre nos será querida. Algumas têm um lugarzinho especial em nossos corações. Um abraço, Érika =^.^=
ResponderExcluirAmei essa história linda pena que as crianças de agora não vão ter quase nada pra contar a não ser sobre jogos parabéns Cidália vc escreve muito bem Deus te abençoe
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