Esquecimento

 

Com o passar do tempo confiar na mente é algo que vai ficando cada vez mais difícil.

O esquecimento não é próprio dos idosos. 

Ultimamente muitos jovens se denominam esquecidos.

Porém, com os idosos a frequência do esquecimento é maior.

E como lembrar de tantas senhas? 

Há quem diga que basta anotá-las num lugar seguro. O problema é quando esse lugar seguro onde as senhas foram anotadas também caem no esquecimento.

Então, nada a fazer a não ser ficar sem o celular por mais de vinte e quatro horas.

Com o celular bloqueado, nada de mensagens.

A salvação é o tablet e o computador.

Através do acesso remoto o filho pode ajudá-la a resetar o celular.

O silêncio ainda reina por um bom tempo, pois o WhatsApp demora para ser restaurado.

Como confiar na mente? 

As senhas podem ser trocadas, ainda bem.

Haverá alguém de menos ou mais idade capaz de memorizar suas senhas sem esquecê-las algum dia?

Esquecer algo ou alguém com muita frequência é ruim.

E quando a pessoa encontra alguém conhecido e não lembra o nome? Como fazer diante de uma situação dessas? Conversar normalmente sem citar o nome pra não correr o risco de falar o nome errado? Talvez seja o melhor a fazer.

Dá para confiar na memória? 

Muitas vezes as memórias passadas são lembradas enquanto as memórias recentes são esquecidas. Preocupação com o Alzheimer? Exercitar a memória é a solução.

Quando a memória falha e fica aquela sensação de que conhecia aquela pessoa, mas não lembra de onde. Se ignorá-la vai parecer orgulhosa. O jeito é falar a verdade, daí juntas podem se lembrar de onde se conheceram.

Nada como ter uma memória infalível, mas quem a tem?

“A vantagem de ter péssima memória é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas boas como se fosse a primeira vez.”
Friedrich Wilhelm Nietzsche

 

 

 

       Obrigada pela visita,

Cidália.